O mercado angolano concentra, nos últimos anos, um número de especialistas em mercados de capitais superior ao de Portugal, fruto do investimento do país neste segmento da economia nacional, de acordo com declarações da multinacional da consultoria Ernst Young.
Num encontro com os jornalistas, ontem, em Luanda, o representante da companhia em Angola, Carlos Bastos, considerou que a maior prevalência de especialistas do mercado de capitais no país é devido a que a economia angolana está fértil e "é certo que todas as atenções dos especialistas com grandes experiências neste segmento estejam no país para o desenvolvimento do negócio".
Os especialistas absorvidos pelo mercado de capitais angolano trabalham com empresas nacionais, sobretudo as do Sector Empresarial Publico (SEP), principalmente, no melhoramento dos relatos financeiros, por forma a viabilizar a sua entrada na bolsa de valores.
"Não é possível uma empresa entrar na bolsa se não tiver uma informação financeira fiável. As empresas precisam de ter uma contabilidade organizada para atrair investidor e esse é o trabalho que temos vindo a fazer”, segundo a Ernst Young.
Pedro Letras, um dos partners da Ernst Young, notou que um dos grandes desafios das empresas angolanas é o acesso ao financiamento bancário, quando até empresas com contabilidade não organizada dificilmente conseguem financiamento, pois, os bancos concedem empréstimos às que garantem o retorno do capital dado.
"Sabemos que os bancos trabalham com o capital alheio e, ao entregar este dinheiro, têm de ter garantias de que haverá retorno do capital que investiu e, tudo isso, requerer uma contabilidade organizada, para se conseguir fazer uma análise da saúde financeira da empresa”, afirmou Pedro Letras.
Consideraram que as empresas do SEP estão no bom caminho e que, apesar de algumas terem tido as contas terem aprovadas com reservas, nota-se uma grande melhoria, sobretudo na transparência e no modo de como foram apresentadas.
"É claro que ainda há muito que fazer, mas podemos afirmar que tem havido uma certa melhoria nas contas públicas nestes últimos anos”, disse o técnico.
Carlos Basto indicou que o grande desafio do mercado angolano está no capital humano, o qual apesar de ter evoluído muito nesta direcção, deve apostar mais na formação de quadros angolanos para corresponder às actuais exigências do mercado nacional.
Anunciou, por outro lado, que o grupo está a trabalhar com unidades empresariais no relato sobre o plano de sustentabilidade das empresas. Presente no mercado angolano há 66 anos, a Ernst Young é uma empresa que presta serviços de consultoria e auditoria, com uma carteira constituída por empresas do SEP, do sector petrolífero, banca e seguros.
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