Política

Angola assume a presidência do Comité Ministerial da Saúde

Weza Pascoal e Dumilde Manuel

Jornalistas

Angola, por intermédio da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, assumiu terça-feira, em Luanda, a presidência do Comité Ministerial da Saúde da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), para um período de um ano.

29/11/2023  Última atualização 06H42
Ministra Sílvia Lutucuta defendeu a intensificação das acções para o combate de endemias © Fotografia por: Edições Novembro

Durante a reunião conjunta dos ministros da Saúde e dos responsáveis pelo combate ao VIH/Sida da SADC, decorrida numa unidade hoteleira de Luanda, Sílvia Lutucuta tornou-se, também, membro do secretariado do E8, por um período de três anos. O E8 é um projecto que visa a erradicação da malária da região até 2030.

A ministra reiterou a intensificação das acções ligadas ao combate às grandes endemias, com realce para a tuberculose, a malária e o VIH/Sida. Entre as preocupações, apontou, igualmente, as questões ligadas à malnutrição, logística, regulamentação de medicamentos, saúde materno-infantil, a luta contra a violência sexual contra as mulheres e raparigas e o desenvolvimento do capital humano.

Sílvia Lutucuta defendeu a promoção activa da inovação e investigação para o desenvolvimento da indústria farmacêutica regional, garantindo a autonomia e a segurança sanitária na região. Considerou que o contexto económico e social impõe à SADC vários desafios e um imenso potencial, exigindo um forte foco no desenvolvimento do capital humano, para o fortalecimento dos sistemas de Saúde, impulsionando o crescimento económico, social e o bem-estar dos povos.

Para ultrapassar os actuais desafios, disse ser vital a colaboração com as agências das Nações Unidas e outros parceiros, tendo em conta que, além dos financiamentos, também trazem experiências técnicas e melhores práticas globais.

Sílvia Lutucuta defendeu que, para avaliar e traçar o futuro da Saúde na SADC, os países membros devem estar unidos, numa missão compartilhada, para a eliminação da malária, tuberculose e Sida como problemas de saúde pública. Estados-membros da SADC também devem reforçar as intervenções dos direitos de saúde sexual e reprodutiva, nutrição e prevenção, preparação e resposta às emergências de saúde pública, fortalecendo a resiliência nos respectivos países. 

A ministra referiu que o Executivo angolano tem dado prioridade ao sector social, particularmente à Saúde, com um intenso investimento no capital humano, ingresso de novos profissionais, melhoria do acesso aos serviços de saúde, medicamentos e construção, reabilitação e ampliação de várias unidades sanitárias. 

Ainda assim, reconheceu que muito ainda deve ser feito no sentido de se obter um sistema de saúde resiliente e sustentável, que proporcione um acesso equitativo aos cuidados de saúde à população.


OMS promete melhoria na saúde

A representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou o empenho na melhoria da saúde da população da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), com o objectivo de identificar e tratar todos os casos de doenças transmissíveis, para atingir o objectivo zero até 2030.

Josephine Namboze disse que para garantir a disponibilidade e a utilização dos serviços essenciais de saúde, os países devem passar de um sistema de saúde centrado na doença para se centrar nas pessoas, prestando serviços a todos os grupos etários.

As doenças não transmissíveis, disse, são responsáveis por cerca de 50 por cento de todas as mortes evitáveis na região. Em relação à malária, a responsável reconhece que a doença tem um efeito prejudicial na educação, trabalho, emprego e no crescimento económico. Por este motivo, disse esperar que as vacinas contra a malária, aprovadas pela OMS RTS,S e a R21/Matrix-M, tenham um grande impacto na redução dos casos da patologia.

Josephine Namboze apelou aos Estados-membros da SADC para que considerem a inclusão das duas vacinas contra a malária no calendário de imunização de rotina para crianças menores de cinco anos.

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