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Angola participou, na quarta-feira, no Rio de Janeiro, Brasil, no acto de formalização e pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no âmbito da Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, cuja delegação angolana é chefiada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
Angola está a mostrar na Expo 2023 Doha - Qatar que as vias para a diversificação económica no país estão abertas, sobretudo no âmbito do desenvolvimento agrícola, afirmou a comissária-geral angolana ao evento, Albina Assis.
Ao explicar as características do pavilhão a uma delegação da Câmara do Comércio e Indústria de Angola (CCIA), integrada por empresários nacionais e estrangeiros de vários ramos, Albina Assis disse que Angola almeja exportar produtos para o território qatarense no futuro.
A comissária-geral afirmou que a participação angolana na Expo 2023 visa à atracção de investidores do Qatar, por ser um país com potencialidades que interessam a Angola, daí a presença da CCIA e a empresarial em Doha, para uma simbiose, cooperação e discussões com o empresariado qatarense.
A comitiva da CCIA, chefiada pelo seu presidente, Vicente Soares, deslocou-se a Doha para participar da 9ª edição da exposição "Made in Qatar”, decorrida de 29 de Novembro a 2 de Dezembro, co-organizada pela Câmara do Qatar e o Ministério do Comércio e Indústria, e que acolheu empresários locais e estrangeiros interessados em novas parcerias e oportunidades de negócios.
"A nossa exposição é horticultura, com base na agricultura. Seguimos o tema da Expo 2023 que é ‘Deserto Verde, Melhor Vida’ e com nosso próprio lema ‘Plantar para a Vida’, procuramos mostrar as nossas potencialidades, desde o deserto até ao oásis, porque também temos um extenso deserto, mas com uma particularidade: está ligado ao mar. É o deserto do Namibe”, frisou.
Albina Assis referiu que o pavilhão de Angola tem atraído muitos visitantes, provavelmente porque para além das imagens, o conteúdo exposto contempla explicações em português e em inglês, o que facilita a compreensão e o conhecimento sobre o país, assim como os seus programas, principalmente no domínio agrícola.
Sublinhou que o país está a mostrar a sua progressão da agricultura tradicional, "que ainda se mantém como uma base da agricultura familiar, para uma agricultura moderna que temos aqui exposta”.
Disse que desde a inauguração, a 14 de Novembro, o pavilhão recebeu mais de quatro mil e 200 visitantes, número considerado satisfatório pela delegação angolana ao evento, tendo em conta que o Qatar possui apenas uma população estimada em dois milhões e 688 mil habitantes (dados de 2021), com a cidade capital, Doha, a deter a maioria desse número, dois milhões e 382 pessoas.
Mais
de 200 pessoas de diversas nacionalidades
De acordo com a comissária-geral, mais de 200 pessoas de várias nacionalidades e origens visitam diariamente o pavilhão, onde se inteiram das variedades agrícolas, turísticas e culturais do país, com destaque para a diversidade gastronómica nacional, saudados com a animação do grupo de música e dança folclórica angolana "Kina ku moxi”.No sábado, entre os visitantes, destacou-se um jovem qatari, parte de um grupo de três, com idades entre os 20 e 25 anos, ao expor o seguinte: "tenho na conta sete milhões de dólares, será que é possível investir um milhão em Angola”?, ao que, estupefactos, os membros da Comissão Intergovernamental na Expo 2023 responderam afirmativamente. Outra curiosidade refere-se a uma jovem, também do Qatar, que surgiu no pavilhão de Angola e preferiu conversar com a delegação angolana em português, tendo explicado que aprendeu a língua num dos institutos qataris.
No final da visita ao pavilhão, o embaixador António Coelho Ramos da Cruz afirmou que o Executivo angolano pretende ter uma parceria económica forte com o Qatar, para alavancar a diversificação da economia do país, acrescentando que a embaixada está engajada em convencer a parte qatari sobre as potencialidades e a capacidade de Angola em promover, apoiar e proteger o investimento.
"Essa promoção reflecte-se agora na vinda da delegação empresarial angolana ao Qatar, o que demonstra a vontade da procura de parcerias, que poderá consolidar-se com a assinatura, futuramente, de um acordo de cooperação entre as câmaras de comércio de ambos os países”, disse.
Já o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola considerou a exposição como uma oportunidade para empresários locais e estrangeiros conhecerem as potencialidades de Angola sem se deslocarem ao país, "pois não há negócio sem conhecimento recíproco”.
Desta forma, salientou, quando forem a Angola já terão conhecimento prévio, porque neste espaço estão todas as condições para os visitantes se inteirarem dos programas do Executivo, as potencialidades do país e aquilo que os empresários angolanos podem oferecer.
Vicente Soares disse que a delegação empresarial angolana se deslocou a Doha para procurar parcerias, captar investimentos qataris e também investir no Qatar.
Pavilhão possui 200 metros quadrados
Localizado logo à entrada do espaço da Expo, o pavilhão de Angola possui 200 metros quadrados.
Na mensagem de boas-vindas aos convidados, o Presidente da República, João Lourenço, escreveu: "A história da humanidade regista, ao longo dos tempos, desafios e oportunidades. Assim é também na actualidade”.
Reforça que o planeta continua a registar um rápido crescimento populacional, desafiando todos para um crescimento económico mais robusto e inclusivo e acrescenta que crescer de modo sustentado é um dos principais desafios desta geração.
Para o Chefe de Estado angolano, a Exposição Internacional de Horticultura – Expo 2023 Doha constitui uma excelente oportunidade para que se avalie o estado da arte e se perspective o futuro global na base do trinómio "agricultura moderna, tecnologia e inovação e sustentabilidade”.
O Presidente refere que Angola mantém firme o seu compromisso com crescimento económico sustentado, bem como com medidas de combate à desertificação e aos efeitos da seca na região sul do país. "O tema do nosso pavilhão é ´Plantar para a Vida´, como mote para que continuemos a preparar a terra e a lançar as sementes de um futuro sustentável, para que as futuras gerações colham os seus frutos com confiança num mundo melhor”, conclui João Lourenço. A Expo 2023 Doha foi aberta a 2 de Outubro deste ano e encerra a 28 de Março de 2024.
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