Sociedade

Angola anuncia adesão à iniciativa do metano

Alexa Sonhi e Isaque Lourenço

Jornalistas

A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, informou quarta-feira, no Dubai, que Angola vai aderir à iniciativa do uso do metano.

30/11/2023  Última atualização 08H35
Ministra do Ambiente na COP28 no Dubai © Fotografia por: DR
Ana de Carvalho disse  que, apesar de o metano ser um gás com efeito estufa, o seu tempo de vida útil é muito menor em relação ao dióxido do carbono, um gás bastante poluente ao meio ambiente.

Em declarações à imprensa por ocasião da Cimeira do Clima (COP28), que inicia hoje, no Dubai, Emirados Árabes Unidos, a ministra  explicou que Angola adere apenas, agora, à incitava do metano, porque na altura da realização da COP27, não tinha condições para assinar o acordo. 

"Hoje, com as condições criadas, o país está mais confortável para se associar a esta causa que visa beneficiar milhões de pessoas no mundo, porque esta iniciativa visa exactamente reduzir o efeito estufa”, disse Ana Paula de Carvalho.

A ministra do Ambiente frisou, ainda, que existe, também, uma iniciativa que visa tornar o mundo mais verde, com práticas de agricultura que ajudam cada país a  tornar -se mais amigo do meio ambiente. 

A par disso,  existem, igualmente, outras declarações que o país vai fazer durante a COP28, segundo a ministra do Ambiente. Entre elas, os avanços alcançados pelo país em relação à transição energética, que envolve a mudança da energia térmica para energia de fontes limpas.

Ana Paula de Carvalho sublinho que a problemática do ambiente é transversal a vários sectores, por isso, no primeiro dia da COP 28, haverá uma apresentação do Ministério da Saúde.

No primeiro e segundo dias, acrescentou, acontecem os seguimentos presidenciais, com as mensagens de chefes de Estado.

De acordo com a ministra do Ambiente, Angola estará representada no segundo dia a mais alto nível pelo Presidente da República, João  Lourenço, para apresentar a mensagem do país sobre a problemática das alterações climáticas.

A partir do terceiro dia, serão debatidos vários temas, com realce para o hidrogénio verde, que será apresentado pelo Mistério dos Recursos Mineiras, Petróleos e Gás.

Ana Paula de Carvalho, acentuou que estarão presentes, também, associações ambientais.

Uma delas, será a associação Otchiva, que falará da plantação dos mangais, que melhora a qualidade de vida dos ecossistemas marinhos, além de fazer a renovação do oxigénio e absorção do dióxido de carbono.

"E todas estas temáticas deverão ocorrer até ao dia 10. E, depois disso, serão feitas negociações, porque as COP servem de oportunidades para se conseguir financiamentos, que serão usados para acções voltadas a qualidade do meio ambiente, que envolve água e solo”.

Incumprimento de Financiamentos 

Questionada sobre os sucessos das COPS passadas, a ministra disse que foram feitas algumas promessas que giram em torno dos financiamentos que, infelizmente, ainda não foram cumpridas.

 A ministra do Ambiente apelou para um equilíbrio em relação ao financiamento, levando em conta o princípio do poluidor pagador e o poluente.

Segundo a ministra, os poluidores pagadores são os países industrializados que imitem muitos mais gases de efeito estufa e África nesse caso é o que menos polui, por não ser tão industrializada.

 Daí, ter ficado o compromisso da parte dos poluentes, que são os doadores, de fazerem o financiamento aos demais países. "Pensamos   que esta COP28 deve ser para cumprir esta promessa.”

Neste ano, vão estar representados cerca de 162 países que, durante 12 dias, para discutir várias questões ligadas às alterações climáticas

A COP28 é uma plataforma global de países comprometidos com a sustentabilidade, exploração e gestão racional de recursos, enquanto instrumentos para travar os efeitos nefastos do aquecimento global.

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