A cantora Ângela Ferrão anunciou, quarta-feira(30), em Luanda, que está a preparar a reedição do segundo disco “Minhas Raízes”, cujo lançamento está previsto para o dia 23 deste mês, durante uma sessão de venda e assinatura de autógrafos, em local a anunciar.
A cantora explicou que pretende continuar a partilhar a experiência de vida com o público que, ao longo do tempo, tem sido fiel ao seu trabalho. "Mas como as pessoas, também, procuram pelo primeiro CD ‘Wanga’, fizemos questão de reeditá-lo para se vender nesta altura do ano como prenda de Natal”, garantiu.
Ângela Ferrão realçou que a carreira musical tem estado bem com a realização de concertos, nas quais tem convidado e partilhado os palcos com alguns colegas, onde se destacam Konde e Totó. "Graças a Deus continuo com um bom público e recebo muito carinho deles”.
Na perspectiva da cantora, o que ainda mantém na ribalta "são coisas nas quais acredito e acho que posso levar ao público porque podem reter algum conhecimento”.
De acordo com a autora dos sucessos "Desilusão” e "Angelina”, não há necessidade, quando a carreira é bem projectada de se ter a pretensão de colocar disco no mercado somente por mero gosto ou capricho. "Não podemos estar a gravar qualquer coisa para as pessoas, porque elas merecem o nosso respeito”.
Hoje em dia , continuou, o mercado e o público estão cada vez mais exigentes. "Os admiradores estão mais selectivos nas propostas musicais e sobre o que se ouve da música angolana, daí que, para o artista é muito importante peneirar bem o que vai cantar”.
O disco "Minhas Raízes” inclui os estilos semba e kilapanga, na qual constam, para além do tema que dá título ao álbum, as canções "Angelina”, "Nze Nze”, "Xinga”, "O Tempo Passa”, "Kamuyaya”, "Lázaro”, "Ulevala”, "Lua” e "Desilusão”.
A trajectória
O percurso de vida da cantora Ângela da Conceição Paulino começa na fazenda "CADA” Companhia Angolana de Agricultura, grande produtora de café, nos arredores da Gabela, município do Amboim, onde nasceu. Aos dez anos foi viver com o pai em Wako Kungo. Desde menina que evidenciou dotes para uma carreira artística de destaque. Com apenas cinco anos já cantava.
Com o decorrer do tempo, Ângela foi aperfeiçoando os dotes musicais. Aprendeu a tocar guitarra e a cantar. Passou a interessar-se por todos os concursos musicais no Wako Kungo.
Em menina, viajou inúmeras vezes em companhia do pai, com o conjunto Sagrada Esperança, para a cidade do Sumbe. Em alguns círculos era conhecida como a moça da viola.
No começo dos anos 90 matriculou-se no Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL). Ângela Ferrão já tinha sido a vencedora do programa infantil de Rádio Pió-Pió, do grupo Rádio Nacional de Angola, aos cinco anos. Ela é filha de um grande músico, Lito Ferrão.
Os estudantes de Luanda da década de 90 conhecem-na. Muitas vezes era vista a circular na escola com a sua viola às costas. Nas festas culturais interpretava músicas de Roberta Miranda, do conjunto Ngola Ritmos, Fafá de Belém e algumas de sua autoria.
Mais tarde participou no Festival da Rádio Antena Comercial (LAC), "Prémio Cidade de Luanda” e na primeira edição de "Gala à Sexta-feira”, da Televisão Pública de Angola (TPA).
No programa "Gala à Sexta-feira” conseguiu um terceiro lugar. Estava alcançado o sucesso. Passou a ser conhecida a nível nacional e internacional em espectáculos como Festival Internacional do Sumbe e de Calulo.
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