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ANC confiante num bom resultado nas eleições

Uma sondagem, conduzida pela Fundação de Investigação Social, publicada, quinta-feiar, sugere que o Congresso Nacional Africano (ANC) pode obter apenas 37 por cento dos votos nas eleições de 29 de Maio, mas a liderança do ANC desvaloriza os dados e acredita numa subida na preferência dos eleitores sul-africanos.

12/04/2024  Última atualização 07H00
Partido no poder confia no voto dos eleitores sul-africanos © Fotografia por: DR
Nas eleições de 2019, o ANC obteve 57,5 por cento dos votos, o valor mais baixo desde que assumiu o poder em 1994. Um resultado inferior a 50 por cento significaria que seria forçado a entrar numa coligação com partidos mais pequenos para governar o país.

Numa outra sondagem, realizada pelo grupo de reflexão Brenthurst Foundation e pelo SABI Strategy Group, estimou o apoio ao ANC em 39 por cento. A credibilidade do inquérito foi, no entanto, questionada pela terceira maior força da África do Sul no Parlamento, a EFF. O apoio ao ANC tem diminuído devido à estagnação económica, ao elevado desemprego, aos escândalos de corrupção, aos graves cortes de energia e à criminalidade.

No entanto, a sondagem da Fundação de Investigação Social revela que o novo partido do antigo Presidente Jacob Zuma, Umkhonto weSizwe (MK), pode tornar-se o terceiro maior do país após as eleições, segundo a Reuters.

Registado em Setembro do ano passado, as sondagens revelaram que o partido de Zuma pode obter até 13 por cento dos votos, com a principal força da oposição, a Aliança Democrática, a conseguir apenas 25 por cento.

Zuma é o líder de facto do MK, ao qual se juntou, no ano passado, depois de denunciar o ANC que outrora liderou (de 2009 a 2018), quando foi forçado a deixar o cargo na sequência de uma série de escândalos de corrupção.

Em 2021, foi condenado e sentenciado a 15 meses de prisão por desafiar uma ordem judicial para comparecer perante uma comissão judicial que investigava alegações de corrupção no Governo e em empresas estatais durante o seu mandato presidencial.

O Tribunal Eleitoral decidiu, na terça-feira, que Zuma poderia disputar as eleições, apesar de uma disposição da Constituição que proíbe candidatos que tenham recebido uma pena de prisão de 12 ou mais meses. 

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