O secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, reafirmou, esta sexta-feira, em Luanda, que o Executivo continuará apoiar e a incentivar o surgimento de mais actores para o mercado publicitário angolano.
O presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas (Anata) reprovou a atitude de alguns taxistas, que optam, até ao momento, por encurtar rotas e especular o preço da corrida de táxi em alguns pontos da cidade de Luanda.
Francisco Paciente adiantou que a Anata está a trabalhar na sensibilização dos associados, de modo a prevenir a especulação de preços e encurtamento de linhas, por ser crime. Aos filiados, apelou ao respeito do cumprimento integral das rotas e do preço.
Os 16 quilómetros aprovados pelo GPL, adiantou, é o limite máximo de qualquer rota em Luanda, sendo um ponto favorável aos taxistas. "Os passageiros podem descer antes da quilometragem e pagar os 200 kwanzas como está previsto”.
Os taxistas, continuou, devem ser alertados do risco que correm, do ponto de vista legal, ao especular o preço e encurtar as vias, sendo necessário que os associados tomem conhecimento da responsabilidade e evitem incorrer em crime.
O trabalho de sensibilização dos associados, referiu, vai continuar até estes terem uma conduta diferente, baseada nos marcos da legalidade.
Preçário
O presidente da Anata esclareceu que quem sair da Vila de Viana até ao mercado dos Congolenses deve pagar 200 kwanzas. "O taxista não pode sair da Vila de Viana e chamar somente até ao Bar e cobrar 200 kwanzas, porque é uma forma de encurtar a rota e especular o preço”.
Os associados, adiantou, estão identificados e em caso de se receber denúncia sobre especulação do preço ou encurtamento da rota, caso se confirme, o taxista é sancionado disciplinarmente, dentro da Anata. "Se forem autuados por agentes do Serviço de Investigação Criminal estes podem ser, também, criminalmente acusados”.
Os cidadãos, continuou, devem ter cultura jurídica e denunciar o encurtamento de rotas por ser uma infracção punida com multa e prisão. "O trabalho pedagógico vai continuar com todos os taxistas, para uma melhor harmonia no ambiente rodoviário”, disse.
A Associação Nova Aliança dos Taxistas informou que também tem estado a orientar os associados a adoptar uma postura de acordo com a legalidade, procurando evitar especular os preços e encurtar as rotas, situação esta, que tem que ver com vários factores, sendo um deles, a não profissionalização da actividade de táxi.
Preocupação
A reportagem do Jornal de Angola constatou que vários cidadãos têm-se mostrado descontentes com a de vários taxistas, que encurtam as rotas e aumentam para 300 ou 400 kwanzas o preço da corrida, numa distância de menos de 16 quilómetros, como por exemplo da Vila de Viana até ao Mercado dos Congolenses. Neste trajecto, destacaram, muitos chegam a desembolsar, até 600 kwanzas, ao contrário dos 200 previsto, devido ao encurtamentos de rotas.
Para Mário João, a situação é muito complexa. Todos os dias, disse, saí do bairro Muxima Umoxi (no Zango I), onde vive, até ao Zango 0 paga 200 Kwanzas. "Depois tenho de apanhar um outro táxi para chegar até à Ponte Amarela (Vila de Viana), que, às vezes custa, 200 Kwanzas”, realçou, acrescentando que da Ponte Amarela até ao Mercado dos Congolenses paga 400 kwanzas. "Para chegar até a Mutamba pago mais 200 kwanzas”.
Todos os dias, disse, para fazer o trajecto de ida e volta chega a gastar quase dois mil kwanzas. "É um muito alto, tendo conta o salário que ganho”, disse, além de protestar, especialmente, contra o encurtamento das linhas.
Para a cidadã Marta Miguel, de 27 anos, é muito difícil. "Chego a gastar, mensalmente, 46 mil kwanzas, ao andar de táxi do Zango 8.000 até a Mutamba. É uma realidade difícil, devido à exiguidade de autocarros nestas rotas”.
João Almeida, funcionário público há mais de 20 anos, disse ao Jornal de Angola que a cidade cresceu e grande parte dos serviços estão concentrados no centro da urbe. Por isso as linhas curtas tendem a prejudicar bastante as pessoas que vivem distante do centro.
Novas rotas estabelecidas
O Governo Provincial de Luanda actualizou as rotas que os taxistas devem observar, doravante, para impedir o encurtamento das linhas e o aumento do preço da corrida de táxi em algumas vias, situação que constitui crime.
O director de Tráfego e Mobilidade Urbana do Governo Provincial de Luanda (GPL), Sérgio Saxicuata, anunciou, domingo, no Camama, que a entrada em funcionamento das rotas vai permitir aos taxistas cumprirem as regras e evitarem o encurtamento das vias ou o aumento do preço da corrida.
Actualmente, referiu, mais de 800 taxistas já têm informação das rotas, que vão incluir, entre outros, os trajectos Vila de Viana/ Congolenses, Mutamba/Multiperfil, Multiperfil/Benfica, Cassequel/ Mutamba, Kikolo/São Paulo, Cuca/Vila de Viana, Vila de Viana/Rotunda da Camama, Vila de Viana/São Paulo, Mutamba/Gamek, Luanda-Sul/ Golfe2, Vila de Cacuaco/São Paulo/Mutamba, Belas Shopping/ Golfe2/ Patriota, Benfica /Mutamba, Golfe2/Congoleses e Golfe2/Cuca. As rotas incluem ainda o traçado Golfe2/Aeroporto, Golfe2/Vila de Viana, Calumbo/Zango 0, Vila de Cacuaco/Mercado do Papa Simão, Desvio do Zango/Benfica, Desvio do Zango/Golfe2, Asa Branca/Mutamba, Mercado dos Kwanza/Kifangondo, Quilómetro 30/Maria Teresa e Mercado do 30/Centralidade do Sequele.
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