Joana Lina, que considerou preocupante os amontoados de lixo na capital angolana, garantiu que em breve o Governo Provincial se vai manifestar sobre os mecanismos encontrados para que, rapidamente, se inverta o quadro.
Em Dezembro de 2020, a governadora de Luanda, Joana Lina, suspendeu o contrato com seis operadoras de limpeza e recolha de resíduos, por incapacidade de suportar o pagamento contratual, indexado ao dólar, face à acentuada desvalorização da moeda angolana.

A província de Luanda produz, diariamente, pelo menos 6.800 toneladas de resíduos sólidos, que eram recolhidos, até 2020, por seis operadoras de limpeza.
Algumas empresas removeram os contentores dos locais onde recolhiam os resíduos, que estão agora a ser depositados no chão e em várias ruas nos bairros.

As referidas empresas, que tinham capacidade para recolher apenas 60 por cento do lixo produzido na capital, perderam as licenças em decorrência da suspensão dos contratos públicos, pelas autoridades do Governo Provincial de Luanda. Numa ronda efectuada pela nossa reportagem constatou-se que no mercado do Zango 3 há um amontoado de lixo doméstico e hospitalar, com muitas moscas e cheiro nauseabundo, o que preocupa os habitantes, devido à demora na sua recolha.

No centro da cidade de  Luanda e em bairros periféricos também são visíveis amontoados de lixo, o que dificulta, em muitos casos, a mobilidade de viaturas e pedestres. Munícipes contactados dizem que em várias zonas o lixo não é recolhido há semanas e  para combater o cheiro e os vermes a solução é atear fogo aos resíduos, apesar dos problemas ambientais que isso causa.