Opinião

Amizade e solidariedade

As relações de cooperação entre Angola e Cuba são muito fortes. Estão solidificadas por laços contruídos durante um longo período de tempo. Basta olhar para a realidade angolana, logo se percebem as marcas da presença cubana, um povo que se pode mesmo considerar irmão pela forma como se envolveu nas causas nacionais. Cuba desenvolveu um importante papel na reconstrução de Angola, na formação de quadros e no apoio em muitas outras áreas da vida social.

16/09/2023  Última atualização 06H15
As relações de cooperação abrangem domínios que se estende para a Segurança, Educação, Saúde, Transportes, Obras Públicas, Construção, Petróleos, Desporto, Cultura, Turismo e Agricultura. Remontam os primeiros quatro ou cinco dias posteriores à data da proclamação da Independência de Angola, em 1975, altura em que foi assinado o Acordo Geral de Cooperação, que originou a Comissão Bilateral.

Cuba formou muitos cidadãos angolanos, a nível médio e superior, nas escolas da Ilha da Juventude e outras em várias cidades daquele país. A guerra contra o regime do apartheid da África do Sul, que culminou com a independência da Namíbia, é também uma das áreas onde foi reconhecido o apoio do povo irmão de Cuba.

Estas relações foram fortificadas com a visita do Presidente cubano a Luanda há pouco menos de um mês. A visita permitiu a assinatura dos novos instrumentos jurídicos que impulsionaram a cooperação entre os dois Estados, em particular no domínio económico.

Por esta e outras razões, não é de estranhar que na sua intervenção, durante a Cimeira do Grupo dos 77+China, que decorre em Havana, o Presidente angolano, João Lourenço, tocasse na questão do bloqueio económico imposto pelos Estados Unidos a Cuba, pedindo a sua eliminação.

João Lourenço reiterou no encontro o firme compromisso de trabalhar com Cuba e com os outros Estados Membros para reforçar a unidade e a solidariedade do Grupo, com a finalidade de se alcançarem os objectivos de defesa colectiva dos interesses e os de se promover uma agenda de desenvolvimento comum na arena internacional.

O Presidente angolano manifestou espectativa de todos os presentes se manterem activamente comprometidos com as aspirações que justificaram a criação Grupo, trabalhando dentro dos princípios de unidade, complementaridade, cooperação e solidariedade que "nos definem como Grupo dos 77+China.”

O Chefe de Estado considerou o embargo contra Cuba, injusto, desumano e contrário aos princípios do comércio e cooperação internacional, do direito inalienável da autodeterminação e da livre escolha dos povos sobre o seu destino.

A Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Grupo dos 77 países do Sul Global+China analisa estratégias para alcançar o Desenvolvimento Sustentável e garantir mais acesso à ciência e à tecnologia.

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