Economia

Alterações na Pauta Aduaneira sem efeitos no preço dos produtos

Nádia Dembene

Jornalista

As alterações da nova pauta aduaneira referente aos principais produtos da cesta básica não vão influenciar na subida de preços, garantiu, ontem, em Luanda, a administradora da Administração Geral Tributária (AGT).

11/04/2024  Última atualização 11H17
Administração e directores de áreas da AGT explicaram a jornalistas as grandes incidências © Fotografia por: DR
Nerethz Tati, que falava em conferência de imprensa para esclarecimentos da nova pauta aduaneira 2022, explicou que apesar do agravamento de alguns produtos da cesta básica, como o feijão, que teve o agravamento de 10 para 15 por cento; óleo vegetal, de zero para 40 por cento, e o açúcar, de 20 para 40 por cento, estão acautelados mecanismos para que estes bens não registem um aumento nos preços.

A administradora salientou que a ANIESA tem feito o trabalho de fiscalização para constatar possíveis irregularidades no mercado.

Entretanto, acrescentou, há também um acompanhamento da própria AGT em caso de registo de fuga ao fisco. 

Nerethz Tati sublinhou, igualmente, que  a nova pauta aduaneira contém 6.007 linhas tarifárias das quais 20.195 são isentas de direitos de importação que representam 37 por cento.

Taxas proteccionistas

A administradora Nerethz Tati afirmou, por outro lado, que o país dispõe de condições para alavancar a produção nacional. Porém, os produtos não conseguem ser competitivos por conta da importação.

"Por isso, foram aplicadas taxas proteccionistas. Essa medida vai estimular os produtores a aumentarem  a produção nacional", dosse.

Todo o agravamento, apontou, assenta-se em dois pilares, nomeadamente na promoção da produção nacional e na segurança alimentar. O objectivo é garantir que o mercado nacional ganhe cada vez mais espaço.  

Um dos empecilhos apontou era a questão do empacotamento e embalagem dos produtos nacionais, todavia essa questão foi acautelada para ajudar os produtores nacionais.

A Administradora explicou ainda que para alteração deste diploma, que entrou em vigor no dia três do corrente mês, foram feitos estudos com um grupo técnico com representações de todos os ministérios, despachantes aduaneiros e operadores intencionais.

"Este grupo teve como responsabilidade fazer a prospecção e análise de todas as medidas de cariz económico, social para a segurança alimentar. Com base nesta avaliação foi então possível propor medidas voltadas à atribuição de benefícios aduaneiros como as isenções para os insumos e as matérias primas. 

Plano de desenvolvimento

O representante do ministério da Indústria e membro do grupo Técnico,  Armindo Monteiro avançou que entra em vigor este ano o Plano de Desenvolvimento Industrial e Comercial, que visa projectar a suficiência alimentar com a produção nacional. 

O responsável disse ainda que desde 2019 até ao momento foram investidos 1,2 bilhões de Kwanzas para o financiamento dos produtos do PRODESA.

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