O Governo alemão criticou o apelo do Papa Francisco para a Ucrânia "levantar a bandeira branca" e iniciar negociações para acabar com a guerra, dois anos após o início da invasão russa.
Em reacção ao apelo do líder da Igreja Católica, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, numa entrevista à televisão pública ARD, no domingo à noite, citada pela agência francesa AFP afirmou não compreende e que "certas coisas só podem ser compreendidas se as virmos com os nossos próprios olhos".
Por sua vez, o porta-voz do chanceler Olaf Scholz disse, hoje, que o chefe do Governo alemão "não partilha a opinião do Papa".
"A Ucrânia está a fazer frente a um agressor, beneficia de um amplo apoio internacional e está a agir no âmbito do seu direito à autodefesa ao abrigo do direito internacional", acrescentou Steffen Hebestreit.
Após a divulgação da entrevista, o Vaticano esclareceu que o Papa não estava a falar de rendição, mas sim de negociação, avançou a Lusa.
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