Economia

Aipex anuncia fábricas da Argentina e Marrocos no Pólo Industrial de Viana

António Eugénio

Jornalista

Uma fábrica de bolachas e chocolates avaliada em cerca de 45 milhões de dólares é construída, este ano, no Pólo Industrial de Viana, Luanda, por um grupo de empresários argentinos denominado Arcor.

24/04/2021  Última atualização 08H40
Presidente do Conselho de Administração da Aipex (à direita) e o embaixador da Argentina © Fotografia por: João Gomes |Edições Novembro
A informação foi avançada, ontem, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (Aipex), António Henriques da Silva, depois de um encontro com o embaixador da Argentina, Alejandro Guillermo.

A unidade fabril é equipada com tecnologia avançada, segundo António Henriques da Silva, que adiantou ser aquela uma operação direccionada para as exportações que vai gerar 450 novos postos de trabalho.

"Há um particular nessa empresa, que é a forma como lida com os seus trabalhadores na própria Argentina, que tem sido reconhecida pela sua responsabilidade social”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Aipex.   

António Henriques da Silva anunciou, também, que grupos de empresários marroquinos investem, ainda este ano, num projecto do ramo alimentar e das pescas, bem como na  instalação de painéis solares e outros equipamentos para o fornecimento de energias renováveis nas províncias do Huambo e Cuando-Cubango.

O líder da Aipex anunciou as duas operações no  fim de um encontro com a embaixadora daquele país, Saadia El Alaqui, realizado ontem, em Luanda, apresentando o Reino do Marrocos como o segundo maior investidor no continente africano por gerar 60 por cento de emprego formal na sua economia. Logo, "é um parceiro que se deve ter em conta”.


Trocas comerciais
A balança comercial entre Angola e a Argentina é favorável ao país sul-americano desde há três anos, de acordo com dados da Aipex que indicam que, em 2019, as exportações angolanas para aquele destino situaram-se em 497 974 dólares, diante de  importações de 54,633 milhões de dólares, um saldo negativo de mais de 54 milhões de dólares.

Contra exportações de 115 128 dólares, Angola importou 52,224 milhões de dólares em 2018, quando o saldo da balança comercial foi favorável à Argentina em mais de 52,5 milhões. Antes, em 2017, Angola vendeu 16,447 milhões de dólares e comprou 56,166 milhões, com o saldo favorável aos sul-americanos em 39,719 milhões.

Angola exporta para a Argentina combustíveis minerais, sal, cal, pedra, cimento e artigos de ferro e aço, importando animais vivos, carne, leite, lacticínios, peixe e crustáceos.
Os dados da balança comercial com o Marrocos também se mantiveram favoráveis ao país da África do Norte em 2018 e 2019, depois de terem sido favoráveis ao país em 2017, quando Angola vendeu mercadorias equivalentes a 422,093 milhões de dólares e importou o equivalente a 63,694 milhões.

Em 2018, contra exportações de 5,177 milhões, Angola importou 47,925 milhões de dólares, e, em 2019, esta relação estabeleceu-se em 4,242 e 31,851 milhões de dólares. Angola exporta para o Marrocos combustíveis minerais, café, sal, pedra, cimento, madeira e artigos de madeira, importando animais vivos, carne, leite. lacticínios e artigos têxteis.

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