O presente artigo de opinião foi escrito na perspectiva de reflectir sobre os desafios e oportunidades de África, face ao contexto mundial, mas é importante fazer duas notas breves, a primeira tem a ver com o facto de que o continente não está a comemorar 60 anos de existência, mas sim 60 anos de existência da Organização de Unidade Africana, transformada em União Africana no início do século XXI, e a segunda nota vai no sentido de desconstruir uma narrativa que domina alguns seguimentos, eivada de estereótipos, segundo a qual foram os europeus que descobriram África.
Como era previsível, a proposta de nova Lei Geral do Trabalho (LGT) foi aprovada quase que por unanimidade, na última quinta-feira, na Assembleia Nacional, sinal de que o diploma corresponde às expectativas das forças políticas representadas no Hemiciclo.
A notícia sobre o posicionamento de Angola no topo dos maiores produtores do mundo de banana, com uma oferta de mais de quatro milhões de toneladas, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), além de proporcionar regozijo para todos, constituiu estímulo aos cultores desse produto, que passam a ter outro ânimo para fazer muito mais.
De acordo com os dados das Nações Unidas, Angola ocupa a primeira posição no continente africano e sétima no mundo inteiro e a produção nacional está, desde 2014, nestes índices de referência, mantendo-se, particularmente, há cerca de oito anos, na lista de países declarados auto-suficientes na produção de banana. Um motivo de satisfação também para o Executivo, que começa a ver coroados os esforços de estimular o empreendedorismo, para o fomento de um sector empresarial privado robusto, visando a criação de empregos para a população, sobretudo a mais jovem.
O país tem estado a apostar muito seriamente na diversificação da economia, para deixar de depender exclusivamente do petróleo como fonte de receitas, o que passa por impulsionar outras áreas de actividade. E a agricultura é dos sectores onde o esforço do Executivo é direccionado.
Conforme disse, recentemente, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, "não poderemos ter níveis sustentados de crescimento económico do país ao longo do tempo quando o sector dos Petróleos representa mais de 95 por cento das nossas receitas de exportação e mais de 60 por cento das receitas fiscais”.
Para o Executivo, a diversificação da economia, em curso no país com o propósito de diminuir essa dependência exclusiva do petróleo como fonte de receitas, é um imperativo nacional, que precisa atingir maior velocidade, dependendo dos níveis de produtividade e dos factores de produção.
Razão mais do que suficiente para dizer que esta notícia sobre o bom desempenho do nosso sector agrícola, mais concretamente no domínio da produção da banana, chega numa boa altura. E os números são bastante expressivos dessa realidade.
Segundo a FAO, Angola está à frente do Rwanda (3,5 milhões), Tanzânia (2,1 milhões), Quénia (1,9 milhões), Egipto (1,2 milhões), Burundi (1,2 milhões), Camarões (1,1 milhões), Sudão (934 mil) e Etiópia (849 mil).
Nota positiva para as províncias do Bengo e Benguela consideradas referências nacionais, onde projectos privados exportam o fruto para países como Portugal, Zâmbia, Congo Democrático, estando em estudo as vias para fazer chegar aos Estados Unidos, o maior consumidor mundial.
A notícia surge numa altura em que o Presidente da República, João Lourenço, deixa o país para mais uma missão de diplomacia económica, desta feita para a Itália onde vai manter encontros com o empresariado local, para atracção de investimentos para Angola. E a agricultura há de ser seguramente um dos pontos de atenção nesses encontros.
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