A Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes de Angola (SODIAM) arrecadou, esta sexta-feira, 17 milhões de dólares com a venda de 636,28 quilates (leilão de 20 pedras especiais).
A administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, e o secretário de Estado Adjunto dos Estados Unidos da América (EUA) para a Gestão e Recursos, Richard Verma, visitam Angola de 23 a 25 deste mês, com objectivo de reafirmar o compromisso do Governo Norte-Americano em apoiar a prosperidade, a segurança e a boa governação no país.
Benguela pretende, brevemente, alargar os resultados da colheita de banana e superar os actuais pouco mais de 127 mil toneladas/ano até aos níveis acima de 300 mil toneladas que já teve nos registos, segundo informou o director provincial da Agricultura e Pescas.
José Gomes lembra que a província tem terras e água suficientes, que permitem aos investidores de produção de banana alargar o investimento.
De acordo com o responsável, a evolução do cultivo da banana em Benguela é atribuída à reabilitação de canais de irrigação nos principais vales; a introdução de novas técnicas agrárias e que vão dar lugar ao aparecimento de novos projectos de produção na província.
Segundo o director, Benguela tem disponíveis 1.835 hectares de terra, onde é processado só cultivo de banana e pode crescer para o Corredor do Lobito, Catumbela, Benguela e Baía Farta. Além disso, a banana é uma das culturas mais representativas da agricultura empresarial e familiar na região.
Visão dos empresários
O empresário agrícola com fazendas nas províncias da Huíla e Benguela, Manuel Monteiro, não tem dúvidas de que Benguela pode voltar a produzir grandes quantidades de banana, como foi no passado.
"Temos tudo para dar certo. Apenas é necessário limar algumas arestas nas políticas, para olear a máquina. O meu campo já produz milhares de tonelada/ano de banana. Os homens de negócios namibianos costumam vir cá comprar, e isto é exportação”, disse.
Manuel Monteiro observa que ainda não exportaram de forma directa para outras partes do mundo, por não possuírem licença de exportação. Assim, aguardam pelos documentos, todavia, já tratados.
Perímetro do Cavaco
No perímetro agrícola do Cavaco, o Jornal de Angola recebeu explicações do jovem empresário Francisco Bernardo. Possui uma parcela de terra com 25 hectares, onde plantou banana.
O agricultor fez saber que o factor primordial para o sucesso na agricultura é o conhecimento, uso de tecnologias e soluções mais limpas e que propiciem condições de produção diferenciada, sem agressão ao meio ambiente. Tal, proporciona qualidade e produtividade.
Neste momento, segundo o jovem agricultor, grandes esforços têm sido dedicados para a produção integrada e orgânica de banana, pois este é um negócio lucrativo. Logo, afirma, é necessário apenas adquirir conhecimento para o manuseamento correcto e, desta forma, obter-se sucesso na produção.
O perímetro agrícola do Cavaco já possui energia eléctrica da rede pública, outra componente que veio facilitar a vida dos produtores da banana.
"Deixamos de usar as electrobombas, que funcionavam a gasóleo. Significa que gastamos agora menos com a não necessidade de aquisição de combustível”, afirmou.
Medidas do Governo
Com o objectivo de desenvolver a produção agrícola, o Governo Provincial de Benguela antevê reconstruir o dique sobre o rio Cubal da Hanha, assim como o túnel de transferência de água para o rio Halo/Cavaco.
Na verdade, os empresários são incentivados pelo governo a abraçar a agricultura em grande escala, isso ocorre porque parte do sucesso de qualquer nação é a capacidade de cultivar a própria comida e também exportar alimentos para outras nações do mundo, afirmou Manuel Monteiro.
"É necessário que se invista na indústria agrícola da qual o cultivo da banana é um subconjunto e com forte impacto no combate à fome e à pobreza pelo nível de procura e consumo”, disse.
O empresário defende também que o Executivo deve apostar no incentivo às cooperativas, para proporcionar auxílio aos homens com vontade de trabalhar, pois as cooperativas têm por finalidade viabilizar e desenvolver actividades de consumo, produção, crédito, prestação de serviços e comercialização, gerando benefícios para os cooperantes, onde, a grande componente se estende na formação e capacitação dos integrantes para o trabalho.
"Não pedimos que nos entreguem de graça os meios. Apelamos apenas que nos indiquem o caminho para assegurar os subsídios para facilitar a aquisição das mudas, fertilizantes e máquinas agrícolas”, disse.
De facto, com o recente avanço da tecnologia, os agricultores, agora, podem cultivar confortavelmente as culturas como a banana, "esta é uma província onde a banana se dá muito bem tem muita terra e água suficiente para produção durante os doze meses do ano”, afirmou.
Novos campos
Apesar de a cultura da banana existir desde tempos idos na província, há, nos dias actuais, cada vez mais jovens empreendedores no ramo a explorar novas parcelas em regiões, onde antes não se cultivavam bananeiras. Tudo isto ocorre pelo facto de sempre haver um mercado pronto para a banana, o que torna o negócio próspero e rentável.
"É só olharmos para as kitandas das zungueiras. Centenas delas têm banana; em cada esquina ou à porta de uma residência, no bairro, tem uma bancada com banana à venda, daí que digo ser rentável o negócio. Quase toda família consome banana. No essencial, um produtor comercial de banana pode vender os produtos agrícolas para o maior número possível de pessoas, incluindo hotéis, restaurantes, dormitórios e outros”, afirmou.
Merenda escolar
O empresário Manuel Monteiro quer a banana na merenda escolar, para que os produtos alimentares atinjam mais qualidade e sabores, além de proporcionar-se, assim, aos alunos bons hábitos alimentares e de vida saudável.
A banana, em sua opinião, é um alimento saudável, na escola, influencia no desenvolvimento do aluno e é essencial à saúde infantil.
Descreve ainda que a banana é rica em potássio, um mineral importante para todas as células, que regula os batimentos cardíacos e garante o funcionamento dos músculos e nervos do corpo todo, inclusive do coração.
Banana, mandioca, batata-doce, ananás, ovos e carne de cabrito são apontados pelo Governo angolano como os produtos que alcançaram a auto-suficiência no país.
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