Cultura

Afrikkanitha apresenta álbum “The Soul Music of Angola”

Francisco Pedro

Jornalista

Afrikkanitha realiza um concerto no sábado, às 19h00, na Casa das Artes, no Talatona, em Luanda, para apresentação do novo disco, “The Soul Music of Angola”, que a cantora considera ser “o passaporte” para vincar-se culturalmente a nível do circuito internacional.

15/04/2021  Última atualização 11H35
© Fotografia por: DR
Para acompanhar Afrikkanitha, vão subir ao palco os instrumentistas Teddy (guitarra eléctrica), Mário Gomes (guitarra acústica), Chico Santos (congas), Dalú Roger (percussão) e Ledy Patrícia, Celma Cassuke e Delfina Praia (coros). Os ingressos estão à venda ao preço de 8 mil kwanzas.

O CD "The Soul Music of Angola”, na visão da autora, é uma obra tanto para o país quanto para o exterior. Pela primeira vez no CD, a cantora interpreta quase todas as músicas em kimbundo, alguns dos quais clássicos, dos anos 60, 70 e 80, do Século passado.O disco junta ritmos de sungura, kilapanga e semba, sendo um tributo aos compositores das primeiras gerações da Música Popular Angolana, tais como Liceu Vieira Dias, Rui Mingas e Urbano de Castro, cujas obras a intérprete admira muito.

A mãe de Afrikkanita ajudou-lhe a interpretar as canções em kimbundo, mas foi a amiga Nanda, que "deu-me as letras e ajudou-me a pronunciar correctamente as palavras”, realçou.Afrikkanitha define o álbum como "música da alma que todos os países do mundo têm, a música da cultura de cada povo, que retrata o sofrimento e momentos bons do povo, no caso, feita por exímios compositores angolanos, dos quais tenho como referência para beber e aprender”.

Gravado totalmente em Luanda, a artista considerou que, por se tratar de uma obra identitária, os instrumentistas mais certos para trabalhar  "são as pessoas da minha terra”. A sessão de autógrafo, de acordo com a cantora, acontece semanas depois por se registar um atraso na chegada dos exemplares ao país.
Trajecto

Natural do Uíge, Eunice Quipuco Piedade José começou a gostar de artes desde muito nova, com maior inclinação para a dança. Aos 14 anos descobre o gosto pela escrita e dedica-se a escrever poemas. A falta de meios e oportunidades de se manifestar como artista tornaram-na numa rapariga mais dedicada aos estudos.Em 1991, aquando de uma conferência Luso-Brasileira, com o compositor Sérgio Ricardo, um dos compositores de Elis Regina, Afrikkanitha, com 19 anos de idade na altura, assume-se como é actualmente. 

Fez parte dos grupos Vozes Negras e N’Sex Love, onde explorou os estilos r&b, soul e jazz. O CD de estreia "Weza”, resulta num afro-jazz com aceitação a nível internacional, produzido por ela e pelo marido, Simmons Massini. Em 2010 colocou o segundo álbum no mercado, "Ainda Sonho”. 

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