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África com subida tímida no combate à corrupção

A Transparência Internacional reconhece resultados mistos em África, com melhorias significativas nalguns países, apesar de, de forma geral, a região Subsaariana continuar a apresentar sinais de estagnação no Índice de Percepção da Corrupção, ao obter uma pontuação média regional de 33, em 100 por cento.

31/01/2024  Última atualização 13H25
Relatório sobre a transparência realça desempenho dos países © Fotografia por: DR

A organização não-governamental refere, na sua edição deste ano sobre o Índice da Percepção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), que em  relação ao continente, 90% dos países obtiveram uma classificação inferior a 50, noticiou ontem a Efe.  "Apesar de um inquérito regional ter classificado a corrupção entre os problemas mais importantes que os africanos querem que os seus Governos resolvam, no CPI 2023 revela-se que os países na África Subsaariana têm um longo caminho a percorrer na luta contra a corrupção”, lê-se no relatório.

As Seycheles continuam a liderar com 71 pontos e Cabo Verde é o segundo país menos corrupto, com 64 pontos (tinha 60 no relatório de 2022), enquanto a Guiné Equatorial (17), Sudão do Sul (13) e Somália (11), registam o pior desempenho, sem sinais de melhorias. "Apesar de uma taxa de crescimento económico de 3,3% em 2023, a África Subsaariana continua a debater-se com a pobreza extrema, que afecta cerca de 462 milhões de pessoas. Os desafios persistentes da região resultam de décadas de grave subfinanciamento dos sectores públicos, exacerbado pela corrupção e pelos fluxos financeiros ilícitos que desviam fluxos financeiros ilícitos dos serviços públicos básicos”, salienta-se no relatório.

No CPI sublinha-se que a resolução dos problemas sociais e económicos "continua a ser ineficaz, muitas vezes à custa da população mais vulnerável” e que a corrupção nos mecanismos de prestação de justiça afecta "de forma desproporcionada os cidadãos mais pobres e os que dependem dos serviços públicos, como as pessoas com deficiência ou as mulheres e crianças, impedindo a realização dos objectivos de desenvolvimento globais e regionais”.

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