Política

Afreximbank investe USD 1,3 mil milhões

César Esteves

Jornalista

O Banco Africano de Exportação e Importação, também conhecido como Afreximbank, dispõe de um montante de cerca de 1.3 mil milhões de dólares para investir em vários projectos em Angola, revelou, ontem, em Luanda, o presidente da instituição.

11/02/2021  Última atualização 08H35
Benedict Oramah foi recebido, ontem, em audiência, pelo Presidente João Lourenço © Fotografia por: Kindala Manuel | Edições Novembro
 Ao falar à imprensa, no final de uma audiência que lhe foi concedido pelo Presidente da República, João Lourenço, Benedict Okey Oramah adiantou que, além deste valor, o Afreximbank dispõe de uma carteira de mil milhões de dólares para implementar em sectores como o das águas e electricidade, bem como numa linha de créditos para apoiar os bancos."Discutimos, também, questões específicas sobre projectos prioritários para Angola, elencados pelo Presidente da República”, frisou.

Um dos destes projectos, revelou, diz respeito ao fornecimento de água à província de Luanda e está orçado em cerca de 900 milhões de dólares. Outro projecto, disse, é sobre o corredor ferroviário do Lobito, avaliado em cerca de três mil milhões de dólares.Durante o encontro foi, igualmente, abordada, a linha ferroviária entre Luanda e Cuito, que vai ligar os Caminhos de Ferro de Luanda e de Benguela, além do projecto de concepção da refinaria do Lobito.
Vacina contra a Covid

A vacina contra a Covid-19 também esteve no centro da conversa. Benedict Oramah informou que o Afreximbank foi mandatado, pela União Africana, para comprar 270 milhões de doses de vacina.Lembrou que, num encontro com a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, esta garantiu que o país  "está a fazer o trabalho de casa”, no sentido de receber "a sua porção no conjunto das 270 milhões de doses”.

Benedict Oramah, que assumiu o cargo de presidente do Afreximbank em Setembro de 2015, destacou que, além do dinheiro anunciado ontem, existe outro "pendente”, também para Angola, de mil milhões de dólares, inscritos em projectos como o da Barragem de Laúca, já na fase final, e noutros ligados à electricidade, também quase concluídos. "Esperamos que, no decurso deste ano, todos estes valores sejam desembolsados”, realçou. 

Benedict Okey Oramah, que se fez acompanhar de vários investidores, muitos dos quais já a trabalhar em Angola, disse haver outros empresários interessados em investir no país, mas dependem de apoio financeiro. "Eles querem investir em sectores como os da infra-estruturas, água, caminhos de ferro, entre outras”, referiu.  

Um dos empresários que já se encontra a operar no país é o presidente e CEO da Elsewedy Electric, Ahmed El Se-wedy. Presente na delegação recebida ontem na Cidade Alta, El Sewedy adiantou que os investimentos da Elsewedy Electric em Angola estão avaliados em 500 milhões de dólares. "Esperamos, dentro dos próximos anos, investir mais de dois mil milhões de dólares”, adiantou.  

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