“Desenvolvimento do Turismo Cultural e de Memória em Angola: A Rota dos Escravos” é o título do livro do escritor Afonso Vita a ser lançado, sexta-feira, a partir das 15h30, no Hotel Epic Sana, em Luanda.
A execução gráfica do livro, com 600 páginas e uma tiragem de apenas 700 exemplares, tem a chancela da Editora Lisbon International Press.
Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, Afonso Vita explicou que o livro é uma tese de doutoramento e retrata questões ligadas ao passado, sobretudo no domínio do tráfico negreiro, e fala de algumas figuras que lutaram contra a escravatura dentro e fora deste espaço territorial que hoje é Angola.
O escritor referiu que se pretende apresentar uma agenda turística de memória histórica e cultural a partir da Rota dos Escravos, que integra os municípios do Soyo, na província do Zaire, e do Ambriz, no Bengo, assim como a comuna de Massangano, no Cuanza-Norte, e Luanda.
"Essas são as localidades que integram a conhecida Rota dos Escravos, onde os angolanos eram vendidos para as plantações nas Américas, mas além destas quatro surge uma quinta, que é Mbanza Kongo, capital do Reino do Kongo, onde vai decorrer este ano o Festival Internacional de Encontro e Reencontro da Africanidade em Angola”, explicou.
O encontro da africanidade, frisou, terá uma realização bianual, na cidade de Mbanza Kongo. A intenção é trazer ao país "irmãos de várias geografias separados por razões históricas, para juntos, analisarmos o nosso passado comum”.
Afonso Vita (Nito) é especialista em Geografia Humana Aplicada ao Turismo pela Universidade de Coimbra, Portugal, com a tese "Desenvolvimento do Turismo Cultural e de Memória em Angola: A Rota dos Escravos”. Afonso Vita é natural do Mbanza Kongo, província do Zaire.
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