A informação foi avançada ontem ao Jornal de Angola, pela líder  da ADPP na Lunda-Norte, Rose Spelile Musonza, referindo que com a iniciativa pretende-se desenvolver  acções concretas para atenuar o impacto negativo da Covid-19 no seio das famílias. 
Para a ONG, disse, as famílias vulneráveis e afastadas das zonas urbanas serão prioritárias durante as acções de prevenção, controlo e combate à Covid-19. Além das campanhas de sensibilização, tendentes a  despertar  a população sobre os riscos de contágio da Covid-19, o projecto terá uma vertente de ajuda moral e material para a promoção do empreendedorismo. 

A título de exemplo, Rose Spelile Musonza  lembrou que, o ano passado, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com a ADPP, disponibilizou um fundo de 150 mil dólares para apoiar angolanos e refugiados da República Democrática do Congo (RDC), concentrados no município do Lôvua, na promoção de pequenos negócios, com vista a mitigar os efeitos negativos da Covid-19. 

A  responsável esclareceu que a doação consistiu  na distribuição de  balões de roupa usada, bens alimentares, materiais para a construção de cantinas precárias, oficinas mecânicas, padaria, pastelaria, agricultura, pecuária, corte e costura.  "A ajuda beneficiou 124 das 142 pessoas, inicialmente previstas, que foram formadas em matérias de empreendedorismo”, disse, acrescentando que, dos 124 beneficiários, 34 são cidadãos angolanos residentes nas comunidades circunvizinhas ao assentamento de refugiados da RDC. 

Passados três meses desde a entrega dos meios, Rose Spelile Musonza considera "satisfatórios” os resultados do projecto, tendo em conta que grande parte dos beneficiários já possui pequenos negócios. A campanha de sensibilização sobre o risco de contágio da Covid-19 e distribuição de sabão beneficiou, o ano passado, duas mil famílias nos municípios do Chitato e Cuango, numa iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a ADPP.