O banco BCS arrancou, segunda-feira, com a subscrição de um fundo fechado especial de investimento em valores mobiliários, no valor global de cinco mil milhões de kwanzas para as empresas, institucionais e particulares.
A Administração da Cacula, um município da Huíla situado na confluência de estradas que ligam as cidades de Benguela, Huambo e Lubango, está a aproveitar a posição geográfica da região para atrair investidores capazes de explorar as oportunidades de negócios oferecidas pelo mercado local.
Desiderato da Graça declarou a disponibilidade da Administração da Cacula para prestar apoio institucional a investidores que apresentem projectos de implantação no município, uma plataforma em que convergem viajantes do Bié, Huambo, Luanda, Benguela, Namibe e até da Namíbia.
Afirmou que a falta de serviços condiciona o aproveitamento desta vantagem geográfica, apesar das oportunidades de investimento nas infra-estruturas de hotelaria e turismo, como pensões e similares.
"Cacula é passagem obrigatória de viagem do Centro, Sul e para o Litoral. Por isso, solicitamos investimentos e convidamos o sector privado a aproveitar a vantagem geográfica”, disse, sublinhando que a Cacula está a bater-se pela afirmação no contexto sócioconomico da província da Huíla.
Desidério da Graça lamentou também a falta de serviços bancários para o atendimento dos comerciantes e funcionários de empresas públicas e privadas. "Na Cacula, 80 por cento dos funcionários vivem no Lubango, por falta de infra-estruturas habitacionais e de serviços bancários. Queremos bancos para evitar a saída massiva dos funcionários por altura de pagamento de salários”.
O administrador sublinhou que o foco das autoridades municipais é estimular a intervenção de empresas privadas nacionais e estrangeiras, para a geração de riqueza e postos de trabalho, bem como promover o desenvolvimento das famílias.
Vias de acesso
Desiderato da Graça afirmou que um dos desafios a superar é mobilização de empresas dos diferentes ramos de actividade para a participação na construção de infra-estruturas sociais e económicas, com destaque estradas secundárias e terciárias, para viabilizar os acessos e o escoamento da produção.
"A nossa principal preocupação tem a ver com as vias de acesso. Tirando a estrada nacional nº 105, nas demais comunas não existem estradas desde a independência. Os acessos são difíceis. Estamos a trabalhar para atender o clamor da população e recuperar estas vias”, disse.
O administrador anunciou disponibilidade financeira para a reabilitação das vias de acesso, sobretudo as que ligam a áreas de produção agrícola, onde os resultados da colheita se deterioram por falta de escoamento para as zonas de consumo.
Desidério da Graça reconheceu que o mau estado das vias de acesso às comunas, a falta de energia eléctrica e água potável são também empecilhos.
"Sem as vias de acesso não temos produção, nem tão pouco investidores. Os nossos funcionários têm dificuldades de acesso aos locais de trabalho. O município é o mais jovem da província, tem 12 anos de existência e carece de muitos serviços. Cacula precisa de muito investimento”, afirmou.
"A Cacula é um município caris rural. A agricultura e pecuária são as nossas principais actividades e Administração e o ministério de tutela ajudam as famílias camponesas com alfaias agrícolas e sementes”, disse.
O administrador acredita numa boa colheita na Campanha Agrícola 2022/2023, dada a regularidade das chuvas nas localidades do município, cuja sede está situada a cerca de 100 quilómetros a Norte da cidade do Lubango.
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