Economia

Administração da Cacula aposta na atracção de capital privado

Domingos Mucuta | Lubango

Jornalista

A Administração da Cacula, um município da Huíla situado na confluência de estradas que ligam as cidades de Benguela, Huambo e Lubango, está a aproveitar a posição geográfica da região para atrair investidores capazes de explorar as oportunidades de negócios oferecidas pelo mercado local.

19/03/2023  Última atualização 09H25
Autoridades da Cacula provem bens e serviços públicos para apoiar as acções dos investidores © Fotografia por: DR
O administrador municipal da Cacula, Desidério da Graça, que proferiu estas declarações ao Jornal de Angola, disse que a mais significativa oferta de negócios recai sobre os sectores da Agro-pecuária, Agro-negócio, Turismo, Indústria Transformadora, Comércio, Serviços, Construção Civil e Exploração Mineral.

Desiderato da Graça declarou a disponibilidade da Administração da Cacula para prestar apoio institucional a investidores que apresentem projectos de implantação no município, uma plataforma em que convergem viajantes do Bié, Huambo, Luanda, Benguela, Namibe e até da Namíbia.

Afirmou que a falta de serviços condiciona o aproveitamento desta vantagem geográfica, apesar das oportunidades de investimento nas infra-estruturas de hotelaria e turismo, como pensões e similares.

"Cacula é passagem obrigatória de viagem do Centro, Sul e para o Litoral. Por isso, solicitamos investimentos e convidamos o sector privado a aproveitar a vantagem geográfica”, disse, sublinhando que a Cacula está a bater-se pela afirmação no contexto sócioconomico da província da Huíla.

Desidério da Graça lamentou também a falta de serviços bancários para o atendimento dos comerciantes e funcionários de empresas públicas e privadas. "Na Cacula, 80 por cento dos funcionários vivem no Lubango, por falta de infra-estruturas habitacionais e de serviços bancários. Queremos bancos para evitar a saída massiva dos funcionários por altura de pagamento de salários”.

O administrador sublinhou que o foco das autoridades municipais é estimular a intervenção de empresas privadas nacionais e estrangeiras, para a geração de riqueza e postos de trabalho, bem como promover o desenvolvimento das famílias.

 

Vias de acesso

Desiderato da Graça afirmou que um dos desafios a superar é mobilização de empresas dos diferentes ramos de actividade para a participação na construção de infra-estruturas sociais e económicas, com destaque estradas secundárias e terciárias, para viabilizar os acessos e o escoamento da produção.

"A nossa principal preocupação tem a ver com as vias de acesso. Tirando a estrada nacional nº 105, nas demais comunas não existem estradas desde a independência. Os acessos são difíceis. Estamos a trabalhar para atender o clamor da população e recuperar estas vias”, disse.

O administrador anunciou disponibilidade financeira para a reabilitação das vias de acesso, sobretudo as que ligam a áreas de produção agrícola, onde os resultados da colheita se deterioram por falta de escoamento para as zonas de consumo.

Desidério da Graça reconheceu que o mau estado das vias de acesso às comunas, a falta de energia eléctrica e água potável são também empecilhos.

"Sem as vias de acesso não temos produção, nem tão pouco investidores. Os nossos funcionários têm dificuldades de acesso aos locais de trabalho. O município é o mais jovem da província, tem 12 anos de existência e carece de muitos serviços. Cacula precisa de muito investimento”, afirmou.

"A Cacula é um município caris rural. A agricultura e pecuária são as nossas principais actividades e Administração e o ministério de tutela ajudam as famílias camponesas com alfaias agrícolas e sementes”, disse.

O administrador acredita numa boa colheita na Campanha Agrícola 2022/2023, dada a regularidade das chuvas nas localidades do município, cuja sede está situada a cerca de 100 quilómetros a Norte da cidade do Lubango.

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