Cultura

Actores querem mais investimentos em salas de espectáculos na Huíla

A requalificação das salas de espectáculos para a prática das artes cénicas na cidade do Lubango e construção de outros recintos em vários pontos da província da Huíla são preocupações que os novos e antigos actores nacionais pretendem que se efective a curto prazo, por forma a ocupar os tempos livres dos jovens artistas.

29/11/2023  Última atualização 09H00
Ângelo Torres (ao centro), Manuel Santos (à direita) e Meirinho Mendes © Fotografia por: Edições Novembro
Os actores da mini-série "Makamba Hotel”, exibida na TV Zimbo, em 2007, lançaram o repto após uma visita as instalações dos cinemas Odeón, Arco Íris e Cine-Teatro Óscar Gil, instalado no centro comercial Millenium.

"Lubango tem potencialidades humanas e infra-estruturas para a prática das artes cénicas, faltando apenas a requalificação e apetrecho das salas de espectáculos”, foram unânimes em afirmar os protagonistas do "Makamba Hotel”.

Meirinho Mendes, Manuel Santos e Ângelo Torres, que se maravilharam com a nova área turística situada nas imediações do rio Mukufi, defenderam a criação e materialização de acções para explorar os vários espaços a céu aberto, imóveis antigos e novos espalhados em diversos pontos das terras do Cristo Rei.

Segundo os actores, com mais apoios e promoção das actividades o teatro e outras actividades cénicas podem tornar-se numa actividade rentável por haver potencial humano e infra-estruturas diversas, assim como condições para albergar vários eventos culturais. "Lubango pode estar bem representado nos palcos do teatro face às iniciativas dos jovens”.

Os actores angolanos, residentes em Portugal, defenderam que as potencialidades culturais do país devem ser exibidas na arena internacional, de modo a atrair mais apoios, turistas e investigadores culturais, assim como estilistas internacionais interessados em expandir o pano Samakaka para várias partes do mundo.

Meirinho Mendes explicou, ainda, que o teatro e outras artes cénicas são necessárias para a recuperação de adultos e crianças com perturbações mentais, desvios de comportamento, retraídas, atraso de assimilação e outros males que atrapalham o desenvolvimento psico-motor.

Já Manuel Santos, comovido com a recepção dos lubanguenses, defendeu que o melhor aproveitamento das infra-estruturas culturais podem, também, ser uma via para a inserção dos jovens no mercado de trabalho, de forma directa e indirecta, já que várias empresas ao tomar conhecimento do sucesso dos grupos de teatro e não só, podem optar por contratos de prestação de serviços e promover a produção das indústrias culturais.

"A dança, o teatro, a música e a poesia há muito que têm despertado o interesse de crianças, jovens e adultos, razão para encontrar espaço em qualquer área”, disse Manuel Santos, acrescentando que sendo o teatro algo conquistador de simpatias, urge que se faça mais investimentos e se promova mais essa arte.

O grupo de actores apresentou a peça de teatro intitulada "Amílcar Geração”, do actor luso-santomense Ângelo Torres, assistida por docentes e estudantes universitários, incluindo estudiosos do teatro e outros apreciadores das artes cénicas.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Cultura