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O actor Avelino Sebastião Viegas, membro do grupo de teatro Etu-Lene, falecido na última quarta-feira, aos 49 anos, no hospital Militar Principal, víitima de doença, vai hoje a enterrar, às 10h00, no Cemitério da Santa Ana, em Luanda.
O corpo de Avelino Sebastião Viegas foi velado, na noite de ontem, na Ex-Liga Africana, com um momento de memória, testemunhos e depoimentos. Antes a urna passou pela casa do óbito, na Robaldina, rua do Pica Pau. Hoje, haverá uma missa de corpo presente, na Capela de São Luís, no Rangel, junto a Dona Amália. Antes do sepultamento no cemitério da Santa Ana, haverá um momento de homenagem dos amigos, colegas, empresa ENDE e familiares do malogrado.
Numa nota de condolência, o grupo Horizonte Njinga Mbande refere que é com profundo pesar que a direcção, actores e demais membros da companhia de artes receberam a informação do passamento físico do actor Avelino Viegas.
Na nota, o Horizonte Njinga Mbande destaca a perda de um dos mais talentosos actores angolano, que sempre distribuiu motivação e bom animo a todos que desfrutaram de sua presença.
"Neste momento nos unimos em oração à sua família, ao grupo teatral Etu-Lene, admiradores e amigos. Avelino Viegas partiu, mas mais continua a fazer parte de nós e estará sempre na nossa presença através das suas obras e da sua mais notável interpretação do velho Saraiva na obra 'O Feiticeiro e o inteligente', que essa perda possa ser compreendida com esperança do conforto de Deus”.
Marcelina Ribeiro, membro do grupo Etu-Lene, disse que o malogrado foi um grande actor e que fez muito para o teatro angolano, dedicando-se de corpo e alma e em especial para o grupo do qual fez parte. "Foi um homem de paz e sempre presente, mesmo doente priorizava o teatro dando força ao grupo e nunca o deixou na mão. Ele respirava arte, e tinha incorporado dentro de si, mesmo com outras preocupações e trabalho estava sempre presente nas actividades”, referiu.
A comadre e companheira de carreira do malogrado mencionou, ainda, que o actor era um braço de ferro do colectivo, tendo lembrado que Avelino Viegas está no grupo Etu-Lene desde a sua fundação, e tudo fez para o desenvolvimento das artes cénicas, em particular o teatro. "Como actor ele inspirou muitos outros a fazer parte das artes e surgiram vários grupos pelo trabalho que o malogrado fazia. O teatro angolano e o grupo Etu-Lene perderam um grande companheiro e amigo. "Para mim, foi um grande companheiro de cena, pois trabalhando com Avelino me sentia segura ao contra-cenar com ele. Ele deixou as suas bases e nunca será esquecido no teatro angolano, ele morreu mas a suas obras ficaram”, concluiu Marcelina Ribeiro, em lágrimas.
Marcelina Ribeiro referiu ser uma morte prematura, pois o actor ainda tinha muito a dar para o teatro, "Tínhamos muito para trabalharmos", disse a actriz, acrescentando que, como madrinha do primogénito de Avelino Viegas, tem a responsabilidade de cuida-lo.
Já a actriz Solange Feijó disse que foi com muita tristeza que recebeu a notícia da morte do actor e que o teatro angolano perdeu um dos seus melhores filhos. "Aproximando a data do Dia Internacional do Teatro, gostaríamos de festejar com todos, mas com essa perda será impossível. Infelizmente, muitos jovens angolanos que estão a entrar agora para o mundo do teatro não vão poder conhece-lo e nem poder beber da sua experiência”.
A Actriz frisou que Avelino Viegas foi uma revolução para o teatro angolano no ano de 1993, com a peça "O Feiticeiro Inteligente”. "Muitos grupos surgiram por causa da personagem que ele representou nessa peça. É uma perda irreparável para a cultura nacional. Não consigo falar muito porque a notícia caiu-me muito mal, uma vez que tínhamos boas relações”,afirmou, acrescentando que com a morte do actor o teatro e a cultura nacional ficam com um vazio enorme, porque Avelino Viegas deu cartas para a valorização dos actores.
"Estamos todos consternados com o passamento físico dele e desejo que a sua alma esteja a descansar na eterna Glória do Senhor. A morte faz parte da vida, mas deixa-nos sempre com alguma tristeza”, disse.
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