Política

Acordo dá Angola acolhimento da 147ª Assembleia-Geral da UIP

A Assembleia Nacional (AN) e o secretariado da União Inter-parlamentar (UIP) assinaram, terça-feira, em Manama, capital do Reino do Bahrein, o acor-do para a realização da 147ª Assembleia-Geral, em Outubro deste ano, em Luanda.

15/03/2023  Última atualização 08H45
Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, e o secretário-geral da UIP, Martin Chungong, rubricaram o acordo para o país albergar o próximo evento © Fotografia por: DR

O acordo assinado pela presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, e pelo secretário-geral da UIP, Martin Chungong, estabelece as regras para a realização do evento.

Com a assinatura do acor-do, Angola se compromete a executar todas as orientações da UIP, antes e durante o evento marcado para o mês de Outubro do ano em curso, em Luanda.

Segundo Carolina Cerqueira, Angola assume a responsabilidade e o compromisso de, mais uma vez, dignificar o país, realizando um evento que represente o peso do Parlamento angolano na conjuntura regional e internacional, um Parlamento forte, democrático, sensível ao género, engajado na d-fesa da ecologia e, sobretudo, que responda aos anseios, preocupações e sonhos dos angolanos.

Carolina Cerqueira avançou que, para o início das tarefas estabelecidas, foi já criada uma comissão organizadora e delineadas as principais linhas de actuação, os eventos paralelos, contando, ainda, com o apoio do UIP, para que o encontro de Luanda possa promover e desenvolver o intercâmbio e criar pontes de solidariedade, concertação, de diálogo e, sobretudo, de actuação a favor do bem-estar e da melhoria das condições sociais das populações.

Adiantou que o país vai aproveitar a ocasião para mostrar a sua hospitalidade, a sua cultura, bem como promover o turismo.

A presidente da Assembleia Nacional deu ainda a conhecer que, em termos humanos, materiais e técnicos, estão criadas as condições essenciais, com um quadro humano dinâmico, participativo e engajado e de deputados que vão mostrar a experiência de organização.

Por seu turno, o secretário-geral da UIP, Martin Chungong, afirmou que a assinatura do acordo representa o casamento entre Angola e a organização.

Para o responsável, Angola e o seu Parlamento dão, uma vez mais, uma demonstração do seu comprometimento para com a promoção dos ideais democráticos.

Martin Chungong adiantou que a organização já começou a sensibilizar os seus membros para se fazerem presentes em Angola, a fim de participarem neste evento que servirá para a abordagem de assuntos de interesse comum.

Ao longo da 146ª Assembleia-Geral da UIP, Angola colheu experiências da coordenação do evento do Bahrein, durante um encontro entre a presidente do Parlamento, Carolina Cerqueira, e o presidente da Comissão Organizadora, Jamal Fakhro.

A delegação angolana aproveitou o momento para recolher informações detalhadas sobre a organização do evento, "bebendo” da experiência do Bahrein para o êxito do conclave de Luanda.

Durante a Assembleia-Geral da UIP, os parlamentares analisaram as estratégias da organização nas alterações climáticas, a responsabilização a todos os níveis, bem como a transformação de discursos em acções de combate às alterações climáticas.

Em abordagem constou ainda o reforço sobre a legislação climática para reduzir as emissões de gás carbono e o apoio para uma transição de energias limpas.

A União Inter-Parlamentar é composta por 178 Parlamentos nacionais e 12 assembleias regionais. Actualmente é o principal interlocutor parlamentar das Nações Unidas.

Carolina Cerqueira considera positiva a presença de Angola

A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, considerou, ontem, positiva a participação de Angola na 146ª Assembleia-Geral da União Inter-parlamentar (UIP), que decorre desde o dia 11 em Manama, Reino do Bahrein.

Falando à imprensa após assinatura do acordo com o secretário-geral da UIP, Martin Chungong, para a realização da 147ª assembleia da organização, em Luanda, em Outubro deste ano, Carolina Cerqueira frisou que a presença dos parlamentares angolanos foi, também, interactiva, pois permitiu a troca de experiência e de intercâmbio com congéneres de outros países.

"Trouxemos uma delegação interpartidária, em que a pluralidade da Assembleia Nacional, o equilíbrio do género e geracional ficaram representadas”, asseverou.

Carolina Cerqueira adiantou que a delegação angolana transmitiu uma óptima imagem de Angola. "Transmitimos a imagem de um país em que as mulheres estão representadas na Assembleia Nacional ao mais alto nível, um país em que a juventude tem uma palavra a dizer nos grandes temas da conjuntura internacional, um país em que a coexistência pacífica e partidária é uma realidade. Conseguimos provar que a tolerância, o diálogo, a concertação são apanágios no Parlamento angolano”, reforçou Carolina Cerqueira.

Conforme a presidente da AN, Angola aproveitou o momento para apresentar a sua disponibilidade de estar representado ao mais alto nível, no grupo de jovens, no grupo de mulheres, uma intenção anotada e que em ocasiões futuras poderá acontecer o privilégio de estar representado.

Adiantou que Angola cumpriu com o seu papel de solidariedade, de mediador, de país engajado com a paz na região dos Grandes Lagos, fazendo advocacia a favor da paz na República Democrática do Congo (RDC).

Em relação ao fundo global de apoio aos desastres naturais, Carolina Cerqueira frisou que a intenção do Grupo Africano é ver disponível um fundo para socorrer todos os países que se encontrem em situação de calamidade provocada pelos efeitos das alterações climáticas.

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