Os Emirados Árabes Unidos (EAU) absorvem entre 70 a 80 por cento da produção anual de diamantes da Sociedade Mineira de Catoca (SMC), que ascende os seis milhões de quilates, de acordo com informações do chefe de Departamento de Comercialização da companhia.
António Zola que falava, ontem, à margem do 2º Fórum Global Business Angola-EAU, notou que a SMC mantém a produção, apesar do mau momento dos preços dos diamantes do mercado internacional, onde as vendas paralisam em Outubro a Dezembro deste ano, por excesso de oferta.
De acordo com os dados de António Zola, Dubai lidera as aquisições dos três principais destinos da produção de diamantes em bruto, seguido pela Índia e Bélgica , enquanto os Estados Unidos importam da SMC a maior parte do diamante de joalharia, com valor acrescentado.
Para o chefe do Departamento de Comercialização da SMC, eventos da magnitude do GBA, o encontro realizado ontem em Luanda, abrem as portas para uma visão mais ampla do que as outras economias e o mundo em geral estão a fazer, como forma de obter melhor percepção é necessário para propiciar o desenvolvimento económico sustentável do país.
Estas declarações secundam às proferidas, em meados de Agosto último, pelo presidente do Conselho de Gerência da SMC, Benedito Manuel, ao anunciar à imprensa que que a companhia havia retomado a venda de diamantes, depois de as ter suspenso devido à queda dos preços no mercado internacional, onde o preço do quilate das gemas da Sociedade Mineira de Catoca caiu 22 por cento.
Benedito Manuel acrescentou, naquela altura, que as vendas tinham sido retomadas em regime experimental devido a cautelas estabelecidas para aferir a evolução do mercado.
"Ainda não atingimos as metas financeiras estabelecidas devido à situação do mercado mundial”, disse naquela ocasião, adiantando que o reatamento da comercialização incidia sobre a produção em stock.
As metas definidas para os seis primeiros meses do ano ficaram aquém do esperado, sobretudo, diante de projecções que apontavam para a superação do plano semestral, estando em curso uma recuperação para a observação do plano anual.
ZEE pode alcançar meta anual de empresas activas
No GBA, o administrador executivo da Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE) Adriano Borja, disse, em entrevista, que aquela concentração de empresas industriais da ZEE está perto da meta de ter cem empresas em funcionamento, com a recente aprovação de 23 projectos adicionais.
Actualmente, a ZEE conta com cerca de 176 empresas instaladas, numa área de 400 hectares, 95 das quais encontram-se em pleno funcionamento. De acordo com os dados, o volume de negócios agregado das empresas operacionais da ZEE alcançou os dois mil milhões de euros, um crescimento de 60 por cento em relação ao ano de 2022.
O fórum que decorre sob o lema, "Oportunidade de Negócios” e encerra amanhã, discute temas ligados aos sectores mineral, agronegócio, crédito de carbono, optimização da cadeia de valor no sector de petróleo e gás, imobiliário e turismo, com o objectivo de atrair investidores, promover oportunidades de negócio e de investimentos no mercado angolano.
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