O comissário Manuel Francisco Gonçalves informou, ainda, que ao todo, foram mais de 200 mortes registadas em consequência dos acidentes nas estradas, o ano passado, de 1.005 ocorrências, que causaram ferimentos a 1.205 pessoas e avultados danos materiais.

Este ano, explicou, a Polícia Nacional teve um aumento no número de acidentes, com 37 mortes a mais se comparado ao ano passado, assim como 113 acidentes e 347 feridos. A missão da corporação, adiantou, é conter os índices de sinistralidade, apelando para uma maior disciplina dos automobilistas.

Os acidentes com maior número de vítimas mortais, ressaltou, aconteceram no município do Huambo, seguindo-se os da Caála, Bailundo e Londuimbali. "A situação está a preocupar, além do Governo local, a instituição que diariamente assiste casos do género, principalmente com os moto-taxistas”, criticou.    

O comandante recomendou aos efectivos para continuarem a trabalhar nas medidas de consciencialização dos automobilistas.  "Dos registos, os atropelamentos foram os mais evidentes, com 38 por cento. Temos de actuar com maior incidência, de forma a reduzir tais números”.

As várias operações realizadas, acrescentou, permitiram, ainda, a apreensão de 422 veículos automóveis, 1.998 motociclos e 6.962 cartas de condução, assim como a aplicação de 13.489 multas.

As principais causas dos acidentes de trânsito no Huambo, apontou, têm sido o excesso de velocidade, a condução sob efeito de álcool e a falta de precaução por parte dos peões ao atravessarem as vias.

Penalizações 

Os automobilistas que, insistentemente, excederem o número de passageiros no interior das viaturas vão ser punidos, destacou o comandante da Polícia Nacional, no Huambo. Manuel Gonçalves explicou que o decreto presidencial determina que os veículos automóveis não devem exceder o número de passageiros.

Aos moto-taxistas apelou para fazerem o uso obrigatório do capacete e não incorrem no crime de desobediências às regras estabelecidas. "Todo o usuário de motorizada, qualquer que seja, deve fazer-se acompanhar deste meio de protecção. É uma forma de evitar conflitos e prevenir eventuais mortes”, concluiu.