Há um populismo que se espalha perigosamente e que procura a todo o custo sonegar a História, apoiando-se na ideia perigosa de que evocar as tristes memórias do passado é intolerância política.
No passado dia 18/07/2022 em conselho de ministros foi aprovado o regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações e o estatuto orgânico da entidade gestora do Sistema “Instituto Nacional de Qualificações de Angola”.
O petróleo continua a ser a principal fonte de equilíbrio e o motor do crescimento da economia angolana.
Não obstante essa relevância, não existe uma grande conexão na sociedade entre o que é a indústria petrolífera e o povo de uma maneira geral, ou se quisermos, e o mercado de oportunidades de empregos e negócios em termos mais concretos.
Notamos isso, no facto de não ser de domínio público o pro-cesso de exploração petrolífera, a origem e formação geológica do petróleo, o modelo de gestão da indústria petrolífera e inclusive a forma como o Estado angolano arrecada recursos com a exploração do petróleo.
Em primeiro lugar, esse desconhecimento geral dá espaço a algumas inverdades e aproveitamentos políticos como os que vemos circular de pessoas que somam o preço do petróleo e o volume da produção angolana em certo período para dizer que o Governo angolano arrecadou aquela soma astronómica. Em segundo lugar, é urgente que ao nível do ensino se dê um maior espaço e promoção do conhecimento sobre o petróleo, da geologia à gestão, da perfuração ao enquadramento legal e fiscal.
Valorizo por isso o trabalho que foi sendo desenvolvido largos anos pelo Centro de Apoio Empresarial (CAE) tal como outros players mais recentes de que destacaria a PetroAngola, do nosso amigo Patrício Quingongo, com eventos e diferentes espaços na mídia para aprofundar o conhecimento público sobre o funcionamento deste importante e estratégico sector em Angola.
Valorizo, por isso, sobremaneira, o livro do antigo director do CAE, Job Vasconcelos, «O Conteúdo Local no Sector Petrolífero Angolano – A Minha Visão», apresentado recentemente, em Luanda e sobre o qual recomendo vivamente a sua leitura.
De resto, a propósito do livro, mantivemos uma conversa com Job Vasconcelos, que se encontra, igualmente, disponível nos arquivos do nosso Podcast "Impressões Digitais" na plataforma Rádio Play Digital.
Há três dimensões da angolanização referidas por Job Vasconcelos, mas gostaria de me ater fundamentalmente à Angolanização e à Industrialização. À primeira porque tem a ver com a dimensão de capital humano angolano em toda a cadeia de gestão da indústria.
"Por angolanização, entende-se a inserção da força de trabalho angolana bem como a participação do empresariado nacional, de forma consistente e sustentável, na cadeia de fornecimento do sector petrolífero”, define o nosso autor.
Decorre, por isso, daqui, que a contratação de cidadãos angolanos com expertise técnica e não só, a contratação de empresas angolanas e o fornecimento de bens e serviços nacionais deveriam ser uma prioridade, ou pelo menos deveríamos estar num outro patamar, como vemos a acontecer na Malásia, Brasil, Nigéria e mesmo nos países nórdicos.
O autor termina vendendo-nos o seu sonho. O que ele designa por "Grande Plano”. Isto é, permitir que os angolanos consigam entrar de forma mais significativa, num processo de quotas reservadas, na exploração petrolífera offshore, uma oportunidade decorrente da necessidade de menos investimentos no segmento.
E, é igualmente importante, nota Job Vasconcelos na abordagem no podcast, que se siga o exemplo do Brasil onde o conteúdo local é válido para toda a economia. A promoção e valorização do que é nacional é um factor importante para que as economias consigam dar o salto em matéria de industrialização.
Portanto, continua muito válida e actual a premissa do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto: a agricultura é a base e a indústria o factor decisivo para o nosso desenvolvimento. Ou, como conclui o próprio Job Vasconcelos: "O potencial, já o temos. Agora, só precisamos de saber trabalhá-lo e desenvolvê-lo”.
Segundo
Faltam mictórios públicos nas nossas cidades. Ainda assim, isso não pode explicar o inusitado vendaval de gente que vemos na rua, indiferentes à sua intimidade, urinando e nalguns casos defecando em espaços públicos. Para além do mau cheiro que deixam, da degradação do pudor, é um atentado à Saúde Pública. Vale por isso dispor de estabelecimentos comerciais ou outros. E a segurança até pode ser salvaguardada na medida em que a maioria destes espaços tem mesmo guardas e sistemas de vídeo vigilância. O que é inaceitável é ver a Marginal, como a esquina da minha rua, completamente nauseabunda e malcheirosa.
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