Sociedade

Abrandamento das medidas de protecção individual e colectivas preocupa autoridades

Xavier António

Jornalista

A Comissão Multissectorial de Combate e Prevenção contra à Covid-19 tem observado, nos últimos tempos, um ligeiro abrandamento nas medidas de protecção individual e colectiva, por parte de algum segmento da sociedade, afirmou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública.

04/02/2021  Última atualização 08H40
© Fotografia por: Contreiras Pipa | Edições Novembro
Franco Mufinda, que falava no habitual encontro com os jornalistas para apresentação dos dados da pandemia, no Centro de imprensa Aníbal de Melo, lembrou que Angola está sob ameaça das novas variantes do vírus que causa a Covid-19."Observamos de forma triste pessoas a caminharem sem a máscara facial, famílias a se juntarem em almoços e jantares com bebidas e danças, até grupos a organizarem festas com ajuntamentos acima do permitido, o que pressupõe um risco”, disse.
Franco Mufinda lembrou que a Covid-19 ainda não passou, nem no mundo nem em Angola e referiu que a aparente redução de casos positivos, assim como a alta de recuperação de pessoas infectadas "não podem nos confundir”. Este cenário, segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, não pode servir de ilusão óptica e distorcer o comportamento dos cidadãos, colocando em causa todo o trabalho até agora bem conduzido. "Vamos salvar a nossa conquista”, enfatizou.Para Franco Mufinda, a Comissão Multissectorial continua a equilibrar as medidas de forma sábia e inteligente, protegendo a vida humana e  mantendo os indicadores económicos. Por essa razão, disse, as medidas são individuais e colectivas.
Mais duas mortes
A Covid-19 matou mais duas pessoas nas últimas 24 horas, sendo uma cidadã angolana e um outro de nacionalidade indiana, de 56 e 57 anos de idade, respectivamente. As mortes ocorreram nas províncias de Luanda e Huambo. As vítimas tinham comorbilidades de hipertensão arterial e diabetes mellitus.Ainda no dia de ontem, o país registou 37 novas infecções de Covid-19, das quais 25 do sexo masculino e 12 do sexo feminino, com idades entre dois e 74 anos. Dos casos positivos 11 são de Luanda, oito do Huambo, seis de Cabinda, cinco do Cuanza-Sul, três de Benguela, dois na Lunda-Sul, enquanto o Bié e o Moxico registaram um caso cada.
O governante anunciou, igualmente, a recuperação de 103 pessoas, com idades entre cinco meses a 70 anos, dos quais 54 registados no Huambo, 20 em Luanda, 15 no Bié, 10 no Moxico, Lunda-Norte e Lunda-Sul com duas recuperações cada.Estão ainda contabilizados 1.132 casos activos, dos quais três estão em estado crítico, oito em estado grave, 92 moderados, 96 leves e 933 assintomáticos. Estão internados nas unidades de tratamento 195 doentes, mais dois em relação ao dia anterior.
Casos confirmados
Até à data, o país regista um cumulativo de 19.937 casos confirmados da Covid-19, dos quais 1.132 activos, 470 óbitos e 18.335 recuperados. No mesmo período, os laboratórios processaram 1.591 amostras, sendo 1.223 amostras por RT-PCR e 368 amostras por testes de diagnóstico rápido antigénio. O cumulativo é agora de 364.695, sendo 19.937 positivas e 344.758 negativas, com uma taxa de positividade de 5,5 por cento.Por outro lado, a Equipa de Saúde Mental e Intervenção Psicossocial assistiu 46 pessoas através da Linha de Apoio Psicológico. Já o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) recebeu 67 chamadas, todas relativas a pedidos de informação sobre a pandemia.

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