A actividade foi presidida pelo ministro da Cultura, Filipe Zau, que na ocasião exaltou os feitos dos mentores do Pan-Africanismo que lutaram pela libertação total de África, que culminou com a descolonização do continente berço da humanidade.

Segundo Filipe Zau, o Pan-Africanismo surgiu como um movimento racial, cultural, político-sindical e tornou-se uma doutrina em defesa dos ideais políticos dos africanos, respeitando as minorias raciais e religiosas.

Filipe Zau realçou que, à luz dos ideais do Pan-Africanismo, o Presidente João Lourenço foi eleito pela União Africana, como "Campeão da Paz”, fruto do seu empenho na pacificação de vários países do continente. "Hoje, o maior desejo é que a cultura da paz prevaleça nos nossos espíritos, em prol da angolanidade, do progresso e do bem-estar social”, disse.

Cada angolano, frisou, através da dinâmica individual, familiar, escolar, laboral e social, terá de fazer a sua parte em prol do desenvolvimento de África. Este dia especial para todos os africanos, disse, deve ser de reflexão com profundidade sobre a tradição e a modernidade, para que caminhem juntos, sem conflitos.

Os desafios do continente berço, realçou, são enormes, no que diz respeito à valorização da cultura e tradições, o fomento das economias e a preservação do património.

O valor cultural do espaço

O ministro da Cultura, Filipe Zau, considerou o Centro Cultural "Manuel Rui Monteiro” um projecto inovador, por ser o primeiro com essas dimensões construído no período pós-independência.

O titular da pasta da Cultura apelou aos munícipes do Huambo que saibam preservar o " monstro cultural”, para que se promova mais a diversificação de actividades culturais e que se evitem acções de vandalização.

O vice-governador para o sector Político, Económico e Social, Edmundo Elavoco, no âmbito do Dia de África, disse ser importante que se assuma o compromisso da unidade e identidade africana, promovendo a diversidade cultural e a criatividade dos povos.

O responsável considerou o Centro Cultural Rui Monteiro como um caminho que abre portas para valorizar, preservar e difundir o património cultural. "Com essas realizações, sai a ganhar a província, o país e o continente africano, porque embora as nossas acções sejam locais, elas resultam de uma articulação que se espera de impacto global”, disse.

O director do Gabinete Provincial da Cultura, Jeremias Piedade, disse que a abertura da agenda cultural desta instituição, marcada com a celebração do Dia de África, vai dar espaço para a promoção das várias disciplinas artísticas, sobretudo aos finais-de- semana, em que se destaca o "Sarau Cultural” nas noites de sábado, o "Diálogo Cultural”, promovido pelo movimento Ubuntu e Teatro.

O Centro Cultural Manuel Rui Monteiro, segundo fez saber o director do Gabinete Provincial da Cultura, tem estrutura para garantir que a parte cultural seja sustentada. A área comercial, disse, vai também ser melhor aproveitada por haver restaurantes, geladarias e outros serviços que valorizam a infra-estrutura.

Justino Handanga foi homenageado

O ministro da Cultura, Filipe Zau, durante a actividade que marcou o Dia do Continente Berço, na abertura da agenda do Centro Cultural, homenageou o cantor angolano Justino Handanga, falecido no passado dia 18 de Março, em Luanda, vítima de doença.

Florêncio Handanga, filho de Justino Handanga, recebeu das mãos do ministro um quadro de reconhecimento dos feitos do pai, que foi declarado como um grande homem da cultura nacional e internacional.