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Daniel Francisco Agostinho, de 54 anos de idade, nasceu em 22 de Agosto de 1968, em Calulo-Libolo, no Bairro Zungulo, extinto devido à guerra, na província de Cuanza-Sul.
Daniel Agostinho fez parte da tropa da LCB, Luta Contra Bandidos, "treinada por cubanos e instrutores angolanos”. "Isso foi por falta de inspecção médica visto que sou diminuído físico, mas eu aceitei o recrutamento”, salienta. Reside no Bairro Dangereux, Talatona, Luanda,frequentou o ensino primário na escola de Calulo, a 5ª e a 6ª classes fez na escola secundária Primeiro de Maio, actual Largo das Escolas.
Por várias vicissitudes da vida, no meio de dificuldades económicas, muitas vezes exasperantes, Daniel Francisco Agostinho não conseguiu terminar o ensino médio, tendo optado por formações profissionais, tais como Pedreira, Ladrilhador e Motorista profissional de ligeiros, ficou mais experiente.
"A experiência adquirida ao longo dos anos deu-me estatuto de técnico médio, por mérito. A primeira motorizada que tive foi-me entregue por Valentim Amos, por horas extras na reparação do edifício da Fonte Nova”. O primeiro carro Corolla, Daniel Francisco Agostinho conseguiu-o em 2007,numa empreitada de trabalho na Auto Pechincha, "com o sr. Maninho”. "São 30 anos de obras e em muitos desses lugares em que prestei serviços não fui bem remunerado, muito pelo contrário.” Foram, continua, "esperanças de promessas, no fim das obras não foram cumpridas, ficavam pelo dito, não dito”.
"Eu aconselhava, caso recrutem pessoas, estaria em condições de dirigir a obra, só precisaria de um engenheiro para acompanhá-la e teriam poucos gastos, apenas com materiais e salário do pessoal”, recorda. "O meu sonho, caso tivesse continuado com os estudos, era de ser um técnico superior de construção civil ou um técnico superior agrónomo, mas no período da pandemia os empregos ficaram escassos, os patrões deixaram de ter a capacidade de suportar os salários dos trabalhadores, razão pela qual muitos prestadores de serviços viram os seus salários caírem a 50% ou mais sem prévio aviso”.
Não podendo suportar as despesas familiares, Daniel Francisco Agostinho não desiste e tenta outra área profissional. "Hoje, eu penso que precisamos olhar para o horizonte e ver que a vida é tudo isso, o bem e o mal, como se diz, quem não sofre não conta história”.
Actualmente, Daniel Francisco Agostinho dedica-se à agricultura familiar, na província do Bengo, na localidade de Caxito, onde cultiva alguns hectares de terra.
"Sempre procurei formas de ajudar o meu próximo, pelos princípios cristãos, é assim que, em 2010, abracei a causa da benevolência, passando a membro doador voluntário de sangue, até 2017, e desde este período cuido de ajudar espiritualmente instituições hospitalares, orando com doentes, transmitindo o evangelho, levando a esperança aos familiares aflitos. Hoje, eu creio no Deus do impossível”, enfatiza. "Sou membro da Igreja Cristâ Evangélica de Angola, exercendo as funções de Pastor”.
É já longa a experiência profissional de Daniel Francisco Agostinho: de 1991 a 1992 trabalhou na empresa de construção H.P.L - Henriques Pereira, Lda. 1993 a 1995 - na Aliança Evangélica de Angola como mestre de obras. 1995 a 2004 - Organização Valentim Amos, na Fonte Nova, como chefe de equipa. 2004 a 2008 - na Auto Pechincha como chefe de equipa. 2008 a 2009 - Prestador de serviços. 2010 a 2011- motorista no Instituto Pitruca Nova Vida. 2011 a 2013 - motorista no infantário Ninho dos 5. 2013 a 2015 - motorista na empresa Ar Corpo, no Patriota. 2016 a 2017 - encarregado de obra, na Lunda-Norte, na empresa de construção civil e obras públicas Andrade Guterres, na vala de drenagem do aeroporto do Camaquenzo. 2017 a 2021 - construção do prédio Akuchi Plaza Patriota, como encarregado de obra pertencente a Paulo do Nascimento e Isabel Mateus Dino Matrosse.
Os filhos com quem falámos foram unânimes: "Temos um Pai Pedreiro que ajudou a construir muitas obras, mesmo não sendo valorizado em algumas circunstâncias, nunca deixou de formar os seus filhos, com a nossa mãe vendedora no mercado do Catinton e no 30, entre viagens para buscar mercadorias no Huambo e no Bié para sustentar a família...”.
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