Opinião

A transformação dos resíduos sólidos

A economia angolana vai contar proximamente com mais um sec-tor produtivo, que pode aumentar o nosso Produto Interno Bruto não petrolífero.

31/03/2021  Última atualização 08H37
Trata-se do sector da transformação de resíduos sólidos em fertilizantes e energia. Sabe-se que se pretende transformar o Aterro Sanitário dos Mulenvos em Centro de Valorização de Resíduos, gerador de fertilizantes e energia,para dinamizar a economia circular, tendo sido aberto, para o efeito, um concurso público internacional.

Em muitos países do mundo geradores de muitos resíduos sólidos a transformação destes constitui um negócio que atrai investidores privados, com reflexos positivos na economia.
Produz-se hoje em Angola uma enorme quantidade de resíduos sólidos, pelo que faz sentido que se esteja a avançar para a abertura de um mercado que pode criar muitos empregos e servir outros sectores da economia como a indústria.

Dados de um estudo realizado pelo Ministério da Economia e Planeamento revelam que na província de Luanda se produz anualmente cerca de 3.3 milhões de toneladas de resíduos e 45 por cento tem potencial de reutilização como matéria-prima para a indústria.
Esperamos que os investidores privados estejam disponíveis para aplicar capitais no negócio dos resíduos sólidos e que a sua experiência venha ajudar a dar solução a muitos dos nossos problemas, ao nível da dinamização de um sector produtivo capaz de fazer uma gestão do lixo virada para o seu aproveitamento, no interesse das comunidades.

Lançado o concurso público internacional, importa agora que apareçam os investidores para levar a bom porto projectos produtivos exequíveis.
Há no mundo potenciais investidores interessados no negócio dos resíduos sólidos e pode não ser difícil encontrar concorrentes para a transformação destes em fertilizantes e energia.

É bom que o país continue a estar alinhado com os grandes avanços tecnológicos ao nível da indústria transformadora, a fim de tirarmos partido do que de melhor se faz no mundo.
Que se aproveitem, não só os investimentos que possam vir a ser feitos no país, mas também os conhecimentos que decorrem deles, para que tenhamos angolanos a dominar processos tecnológicos complexos,no domínio da transformação de resíduos sólidos.

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