Opinião

A solidariedade social e o combate à pobreza

Sabe-se que muitas famílias angolanas vivem na extrema pobreza, não estando o Estado alheio a essa situação, que se agravou com a pandemia da Covid-19.

20/01/2021  Última atualização 08H51
Vivemos uma crise económica, financeira e sanitária que tem afectado com maior gravidade as pessoas com baixos rendimentos ou mesmo sem quaisquer meios de subsistência.
 Perante a crise que estamos a viver, o Estado entende que deve intervir, sob diversas formas, para acudir famílias vulneráveis, de modo que tenham condições básicas para sobreviverem.

Em tempo de crise, o Estado deve procurar pôr em acção mecanismos de solidariedade para mitigar o sofrimento de muitos angolanos. Há quem na sociedade não tem qualquer fonte de rendimentos e tem de ser o Estado a proteger as camadas sociais que se encontram na pobreza extrema.

O Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher realizou segunda-feira última um encontro de concertação com igrejas, com vista à sua colaboração na reactivação do programa "Bolsa de Solidariedade Social", lançado em 2017.
É positivo o facto de as igrejas estarem a ser chamadas para se envolverem na reactivação do referido programa, até porque muitas delas têm muita experiência ao nível da acção social.

 A crise que atravessamos é de tal gravidade que convém que o Estado faça parcerias com outros segmentos da sociedade, com provas dadas no domínio da organização de assistência aos mais pobres.
As igrejas estão vocacionadas para a promoção do bem comum e faz sentido que o Estado se una a instituições religiosas, para ajudá-lo na implementação de um programa que vai permitir para, por um lado, fazer com que famílias carenciadas tenham acesso a bens de primeira necessidade e, por outro, o seu empoderamento, para a criação de projectos de empregabilidade.

O programa "Bolsa de Solidariedade" destina-se a abranger todas as províncias do país, pelo que é necessário que se crie uma máquina organizativa eficiente, de modo a que os seus objectivos sejam concretizados.
A experiência das igrejas ao nível da assistência social pode constituir-se em mais valia na materialização do programa e em garantia de que este não volte a paralisar.

Há muitas famílias que estão privadas de bens essenciais para a sua subsistência, pelo que se justifica a concertação entre o Estado e as igrejas, num momento difícil para muitos angolanos.
 Que se faça a concertação para a materialização do programa, a fim de que muitas comunidades possam viver com menos problemas de ordem social.

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