Há um populismo que se espalha perigosamente e que procura a todo o custo sonegar a História, apoiando-se na ideia perigosa de que evocar as tristes memórias do passado é intolerância política.
No passado dia 18/07/2022 em conselho de ministros foi aprovado o regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações e o estatuto orgânico da entidade gestora do Sistema “Instituto Nacional de Qualificações de Angola”.
O julgamento do “caso Lussati”, que envolve militares e funcionários civis ligados à então Casa Militar do Presidente da República, desde há algum tempo redenominada Casa Militar, começou ontem em Luanda no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda.
Contrariamente ao que várias vozes insinuavam, algumas agoirentas ao ponto de ligar, incompreensivelmente, o julgamento ao investimento estrangeiro, teve início e constitui mais um exemplo de como as instituições do Estado pretendem ir até às últimas consequências com o combate contra a corrupção. Não há nada a esconder e apesar de numerosas inquietudes, que não se justificavam, o "Caso Lussaty”, como se convencionou chamar o processo judicial que envolve mais de quatro dezenas de oficiais e civis ligados à então Casa Militar é apenas mais um caso.
Toda a sociedade, naturalmente, acompanha com algum interesse o processo judicial que começou ontem em Luanda e que poderá prolongar-se por semanas e meses ou eventualmente anos, em que se pretende que sejam esclarecidos em que medida o Estado acabou ser lesado.
O combate contra a corrupção continua, não abrandou e vai prevalecer, como tinha reafirmado o Presidente da República, aquando da conferência de imprensa que tinha concedido aos órgãos nacionais.
Quando questionado sobre a suposta selectividade ou o eventual abrandamento das acções judiciais contra o fenómeno da corrupção e impunidade, o Presidente da República discordou que o combate esteja a ser selectivo e que o mesmo tenha conhecido supostamente algum abrandamento.
E na altura tinha salientado que um dos processos que iria começar nos próximos dias seria do caso despoletado com a chamada "Operação Caranguejo".
Sabe-se que se encontram arrolados 49 acusados, entre oficiais superiores e funcionários civis da Casa de Segurança da Presidência da República, num universo de mais de 200 declarantes, entre oficiais generais, uma realidade sem precedentes nos últimos trinta anos. Eis a razão para o Presidente ter lembrado que, há dada altura, a Justiça "andou atrás apenas dos ladrões de galinhas” e que "era impensável que determinadas figuras se pudessem sentar na barra dos tribunais", exactamente ao contrário que sucede agora e detende a suceder.
Quando no início do mês de Junho o Chefe de Estado concedeu a conferência de imprensa tinha feito referência de que o caso que envolvia figuras da então Casa Militar e hoje Casa de Segurança do Presidente da República "não estava esquecido" e, mais importante, tinha prometido que, relativamente ao andamento e desfecho, "seja o que Deus quiser".
Logo, mais do que continuar-se a pôr a prova determinação as instituições judiciais nesta fase em que toda a sociedade deve estar moralizada para os grandes desígnios quando se trata da luta contra a corrupção, devemos todos cerrar fileiras contra um mal que nos afecta a todos.
Esperemos todos que o "caso Lussaty" chegue ao fim, sejam assacadas as responsabilidades, inocentadas as pessoas que nada, efectivamente, tenham que ver com o assunto e que a Justiça angolana saia sobretudo reforçada.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginAngola é uma República baseada na dignidade da pessoa humana , igualmente, um Estado de Direito Democrático, de acordo com a nossa Constituição, pressupostos que nos deve remeter, entre outros fins, à necessidade de consciencialização sobre os direitos e deveres.
Ao vermos as bandeiras colocadas nas ruas, nos postes de iluminação, nas viaturas, fixadas nos kupapatas, “caímos na real” de que o ambiente é de festa. Que o conceito de democracia mostra evidencia. Ontem, Sábado, vimo-nos envolto num cenário engalanado com as cores das formações políticas. Ou seja, cada um a “puxar a brasa para a sua sardinha”, como diz o dito popular.
O período de campanha eleitoral tem sido vivido pelos angolanos de forma muito intensa e os últimos dias terão sido dos mais férteis em informações, com o condão de deixar os eleitores preocupados uma vez que os pronunciamentos desavindos partilhados pelo cabeça-de-lista da UNITA e pelo Secretário para Assuntos Eleitorais do MPLA terão, por um lado, despertado no seu seio receios fundados de um contencioso eleitoral iminente e, do outro lado, chamado a atenção para a necessidade de as forças de segurança estarem em prontidão com vista a promove a segurança e a ordem públicas nas principais praças eleitorais do país.
A cotação do barril de petróleo Brent, que serve de referência as exportações angolanas, para entrega em Outubro terminou, esta segunda-feira, no mercado de futuros de Londres em alta de 1,77%, para os 96,60 dólares.
O Presidente da República, João Lourenço, recebeu, esta segunda-feira, atletas de várias modalidades de luta, no Palácio Presidencial, tendo manifestado satisfação com a conquista de 67 medalhas nos campeonatos africanos de Jiu-jitsu, Judo e Lutas.
A cidade do Huambo completou 110 anos desde a sua fundação e elevação a esta categoria, no dia 8 de Agosto de 1912 através da portaria 10.40, assinada pelo então general e político português José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos.
A exposição fotográfica intitulada “António Agostinho Neto, uma vida de entrega” está patente desde sábado até a primeira semana do mês de Setembro, nas salas 1 e 2 do Museu Nacional Estância Jesuítica de Alta Gracia, província de Córdoba, na Argentina.