Entrevista

“A melhor palavra para descrever 2021 é resiliência”

Com origens na produção de fruta em Portugal, o Grupo Nuvi (que inclui empresas como Kinda Home, as bebidas da Refriango ou as marcas de higiene pessoal e do lar da Nuvibrands, entre outras) tem a sua impressão digital em Angola, onde é responsável por um dos maiores parques industriais. Diogo Caldas é o director-executivo da Refriango e da Nuvibrands. O gestor reconhece que o mercado de consumo perdeu, nos últimos anos, 50 por cento do valor, o que obrigou a uma redução de 40 por cento dos trabalhadores e à desactivação de linhas de produção.

11/02/2021  Última atualização 14H55
© Fotografia por: DR
Parecia que o ano passado seria o início de uma recuperação ligeira da economia nacional, mas a pandemia destroçou todas as perspectivas. Que balanço faz de 2020?
Foi um ano de muitos desafios, não só pelas dificuldades macro-económicas que o país está a atravessar, mas também pela pandemia. Desde que arrancou o estado de emergência, a Refriango esteve sempre na linha da frente. Temos uma grande responsabilidade, porque se paramos de produzir água engarrafada, o país acaba por ter alguma dificuldade no acesso a água potável. Tivemos de estar na linha da frente desde a primeira hora, para entregar estes produtos. O nosso esforço foi sem dúvida muito grande, de todas as equipas. Foi necessário colocar cerca de 700 pessoas dentro da unidade fabril, a viverem dentro do complexo.
Durante quanto tempo?

Cerca de um mês e meio. Criamos todas as condições, não só de dormitórios, mas também noutras vertentes, para que os trabalhadores ficassem confortáveis, tentámos ao máximo nos aproximarmos às suas casas. Isto permitiu que nos adaptássemos de uma forma rápida e que não parássemos a operação. Só foi possível com o trabalho de todos os nossos colaboradores.
Foi uma estratégia para não travar a produção?

As linhas de produção estiveram sempre em funcionamento, também criamos estruturas com os fornecedores para o abastecimento das matérias-primas, com o apoio do Ministério da Economia e Planeamento. Ao nível do mercado, sem dúvida que enfrentamos várias dificuldades. Mas temos acompanhado todos os nossos clientes de forma a dar-lhes tudo o que precisam, de acordo com as suas necessidades. Houve uma redução do consumo ao longo dos últimos anos.
De quanto, é possível quantificar?

É difícil de calcular, mas penso que o consumo caiu à volta de 50 por cento. Em todas as categorias. A água pode ter caído menos, mas também sofreu alguma redução.
Ou seja, nem os produtos essenciais se aguentaram.

Sim, acho que podemos afirmar isso. Houve uma queda generalizada no consumo. Foi necessário fazer um ajustamento macroeconómico e nós percebemos essa necessidade.

Falamos de metade do negócio da empresa. De que forma se adaptaram a esta realidade?

É um trabalho grande de reajuste. Estamos a produzir muito menos e, por isso, actualmente, a Refriango tem várias linhas de produção paradas, que foram desactivadas ao longo dos últimos anos. Porque houve esta alteração no consumo, não só pela quantidade, mas também pela tipologia dos produtos. Nós tentámos adaptar os nossos produtos às possibilidades dos consumidores.
De que forma?

Fizemos um grande trabalho na reestruturação da nossa oferta, se calhar até há pouco tempo o mercado pedia mais produtos de 500 mililitros (ml) e hoje vendemos apenas embalagens de 250 ml. Em termos do material em que é feita a embalagem, antes, vendia-se muita lata e hoje vendem-se muitas embalagens retornáveis e de plástico.
Porque são materiais mais baratos?

Sim, para ir ao encontro das possibilidades do consumidor. Hoje, vendemos um refrigerante a 100 Kwanzas. É o mesmo preço de há cinco anos. Não houve variação. Apesar de serem compradas localmente, as matérias-primas são importadas, há sempre aqui alguma coisa conectada às divisas. E tivemos uma desvalorização do kwanza. Este ajuste no mercado teve que ser aplicado nas empresas de forma estrutural: ajustamos as equipas, em termos de eficiências, procuramos evitar as perdas ao máximo, trabalhar com clientes para estarmos mais próximos deles e chegar aos consumidores com menos custos. É isto que tentamos fazer ao longo dos últimos tempos e agravou-se um pouco em 2020. Mas já estamos numa fase em que continuamos a acreditar e a olhar para a frente de forma bastante positiva.
E em 2021? O que espera para o presente ano?

A melhor palavra para descrever 2021 é resiliência. É preciso continuar a trabalhar para o crescimento da economia e atingir a sustentabilidade. A Refriango sempre acreditou no potencial de Angola, trabalhamos aqui há mais de 20 anos, foi por isso que o grupo apostou nas bebidas e noutros sectores. Os investimentos aconteceram porque acreditamos no desenvolvimento deste país. É certo que é preciso recuperar a economia. Acreditamos que há uma expectativa que esta economia vá ter, a curto prazo, melhorias. No nosso sector, espero que haja um desenvolvimento das exportações.

De que forma será possível exportar muito mais bebidas, quais são os pressupostos que devem ser cumpridos?

Podemos desenvolver melhor os mercados internacionais. Nós temos uma capacidade instalada bastante alta para aquilo que é o consumo de Angola. É um dos nossos objectivos. Temos de reforçar a cadeia de valor das matérias-primas. Ao longo dos últimos anos, o sector da indústria e das bebidas tem-se desenvolvido bastante e nós, em concreto, temos em vista algumas parcerias para produzir matérias-primas. Por aquilo que sei, há vários grupos a instalarem-se no país e devemos continuar a reduzir as importações para ter uma menor dependência externa. Precisamos de produzir localmente e criar mais postos de trabalho. Esperamos manter a liderança nas bebidas não-alcoólicas, temos feito um trabalho nestas categorias e queremos manter o crescimento na cerveja. A Tigra está com algum crescimento e é isso que esperamos continuar a reforçar.
Em relação aos produtos de limpeza, por via de outra empresa do grupo, a Nuvibrands, a pandemia trouxe um novo fôlego a este segmento. É uma realidade que se reflecte na facturação da empresa?

Sim e não. A Nuvibrands, que é a nossa empresa de produtos de limpeza, está implantada no mercado há oito anos e tem um plano estratégico que tem vindo a ser cumprido, tanto na higiene do lar como na higiene pessoal. No último ano, registamos um desenvolvimento em categorias que já produzíamos, como o álcool-gel, e acabamos por ser os primeiros a abastecer o mercado de forma rápida, porque tínhamos capacidade industrial e resposta preparada.
Mas o álcool-gel, por exemplo, deve ter registado um crescimento brutal de vendas em 2020.

E neste momento não conseguimos ainda quantificar esse crescimento. Hoje, as vendas estabilizaram num valor superior ao pré-Covid, mas já inferior ao pico do Covid. Em termos estratégicos, a Nuvibrands tem um plano de crescimento que prevê um forte investimento nas diversas marcas que produzimos em Angola (champôs, condicionadores, cremes, gel-de-banho). Temos outras subcategorias que pretendemos desenvolver. Já são quatro linhas de produção, separadas das bebidas, e queremos continuar a investir neste negócio.

"Vemos com bons olhos a estratégia proteccionista”

As marcas importadas praticamente desapareceram do mercado nacional de sumos e bebidas, algo quase impensável há poucos anos. É um bom sinal?

Sem dúvida que é um excelente sinal. Significa que a produção nacional está a crescer e a evoluir, sejam marcas locais ou internacionais produzidas localmente. Então é, sem dúvida, um excelente sinal. A indústria das bebidas em Angola é dos sectores mais desenvolvidos e que mais se desenvolveu nos últimos anos. Atingiu-se a auto-suficiência de abastecimento que permitiu não importar bebidas, porque hoje existe capacidade local suficiente. Um pilar muito importante quando as fábricas se instalam é que outras indústrias que produzem matérias-primas acabam também por investir localmente.
Refere-se às garrafas, embalagens, rolhas, tampas.

Sem dúvida, isto acaba por ser muito importante e o sector contribui bastante para que as matérias-primas sejam compradas localmente. As perspectivas são muito boas para estes sub-sectores.
Sabemos que Angola é um produtor de quase todos os tipos de frutas, mas não existem ainda polpas ou matérias-primas específicas angolanas para abastecer a indústria local de sumos. O que falta para que apareça mais investimento nestas áreas? Para a Refriango, seria uma mais-valia?

A produção de frutas em Angola ainda está em desenvolvimento e ainda tem um longo caminho a percorrer. Antes de haver capacidade para a produção de polpas, é necessário que haja capacidade para abastecer o consumo doméstico. Só depois de estar satisfeita esta vertente é que se avança para outros desenvolvimentos.
Mas o abastecimento familiar de frutas é quase todo nacional ou ainda é uma actividade muito associada à informalidade?

Acho que ainda não na totalidade. Há um trabalho que tem vindo a ser feito nos últimos anos e acredito que a curto prazo possa existir essa capacidade. Depois, é preciso atrair investidores que queiram actuar neste sub-sector e que nos consigam vender os produtos de forma competitiva. Para nós, isto é o mais importante. Precisamos de produtos competitivos e com qualidade para integrar na nossa produção.
Mas há espaço para crescer e para aparecerem os investidores nas polpas e na industrialização das frutas angolanas?

Acho que ainda vai demorar algum tempo. Por outro lado, não há muitas fábricas de polpas no mundo. São investimentos elevados. Como há poucas opções, a fruta desloca-se dos grandes centros produtores para essas grandes fábricas. Há fábricas na Europa, EUA, Brasil. São as principais referências.
A retórica proteccionista sempre existiu em Angola, mas tem sido muito reforçada nos últimos anos. Na vossa opinião, quais são as opções políticas mais indicadas para dinamizar e aumentar a produção nacional, ao mesmo tempo que se aumenta a produtividade e a concorrência? Políticas muito apertadas em relação às importações poderão levar-nos a um caminho com menos concorrência e alguns monopólios internos?

Não há país que se desenvolva sem produção. É fundamental haver um desenvolvimento grande da produção interna. É isto que o país procura implementar, com mais indústria em diferentes sectores para reduzir importações e equilibrar a balança comercial. Por isso, o proteccionismo. No caso das bebidas, o que já permitiram ao país? A instalação de fábricas de bebidas permitiu depois que outros negócios se instalassem para abastecer as indústrias ou que surgissem as empresas de transporte para a logística.
E foram as medidas proteccionistas que provocaram esse desenvolvimento?

A produção interna desenvolve novas indústrias, são mais empresas a pagar impostos, abre-se a possibilidade de desenvolvimento das pessoas com a criação de empregos, que é fundamental para o país, valorizam-se alguns produtos e cadeias de valor. Vemos com bons olhos a estratégia protecionista, porque é uma das formas que existe pelo mundo fora para desenvolver os países. Angola tem muitas oportunidades para desenvolver, porque há sectores pouco fomentados, temos uma população muito jovem e havendo mais indústrias, mais empresas, isso tudo vai fomentar o desenvolvimento do país.
Não faz sentido importar sumos de marcas internacionais de qualidade reconhecida?

Quando nós temos uma capacidade mais do que suficiente para abastecer o mercado e até para exportar, há várias linhas de produção e fábricas paradas, pensamos que não se deve gastar divisas nestes produtos.
Mas isto limita a concorrência e os consumidores têm menos possibilidades de escolha. A diferença entre o local e o importado não deveria reflectir-se apenas no preço, por via da pauta aduaneira?

É isso que tem vindo a acontecer. No caso das bebidas, não há uma proibição de im-portação de bebidas, o que existe é uma pauta aduaneira que acaba por penalizar os produtos importados. O consumidor pode comprar e pode escolher. Agora, para o desenvolvimento do país e para conseguirmos um país mais sustentável e para motivar outros sectores e outras indústrias e conseguir equilibrar a balança comercial, é fundamental a produção interna. O consumidor é livre, mas deve pagar por isso.
Mercados demasiado proteccionistas são normalmente locais de pouca concorrência e preços elevados. Mesmo com a desvalorização do Kwanza, os preços em Angola continuam acima da média internacional.

Eu percebo o ponto, acho que há um trabalho que tem de ser desenvolvido. O sector das bebidas é muito forte e competitivo e por isso não sentimos a necessidade de aumentar ou haver mais indústrias de bebidas. Somos um país com várias marcas e produtos de bebidas. É sem dúvida muito importante que os produtores cumpram as suas obrigações em termos fiscais e de qualidade e segurança alimentar para existir uma concorrência que seja leal. Acredito que, em Angola, em termos de indústria, há outras actividades que precisam de se desenvolver, para reduzirmos a importação de produtos acabados. Temos o caso dos frangos, por exemplo, onde é preciso faver um trabalho muito estreito com o Estado.
Ainda é necessário desenvolver a produção de bens essenciais?

Da cesta básica, diria. Já há investimentos nesse sentido e sem dúvida que vão existir novas indústrias e novas fábricas.
A Refriango está interessada em investir nos produtos da cesta básica?

Estamos a analisar, não há nada de concreto para comentar. Mas, como sabemos, o grupo está presente em vários sectores, com várias indústrias, temos investido muito em Angola, queremos continuar, acreditamos em Angola.

"O preço é um atributo muito importante para o consumidor”

Porque têm vindo a defender que a água mineral engarrafada deve ser considerada um produto essencial? O foco das instituições públicas não deveria estar no aumento exponencial da oferta de água canalizada?

A água é um bem essencial à vida e deve ser acessível a todos em termos de preço e qualidade. É isso que é fundamental. Infelizmente, em Angola ainda não existe uma rede de abastecimento de água canalizada que permita a todos os angolanos consumir água potável nas suas casas. Por isso, a Refri-ango e todas as empresas de água que fazem parte da AIBA (Associação das Indústria de Bebidas de Angola) sentem que, com a introdu-ção do IVA, acabamos por sentir aqui alguma penalização em comparação com o mercado informal. Tem aparecido novamente água a ser vendida em sacos, que já não se via, água que não tem qualquer qualidade. Há aqui um problema de saúde pública. Temos vindo a falar com o Executivo para isentar a água engarrafada.
Propõem a isenção do IVA para a água engarrafada?

Sim, um pouco à imagem de outros produtos da cesta básica. Nós consideramos que, até haver canalizada potável, a água engarrafada também deve estar isenta, porque é um produto básico. As pessoas precisam de água para viver.
E qual tem sido a receptividade do Governo?

Existe receptividade para nos ouvir, há uma percepção clara de todos estes pontos. Pelo que sabemos, são propostas que também estão a ser analisadas pelo Executivo. Acho que é um tema importante, que preocupa todos os industriais, pela concorrência informal que está a aparecer. Existe depois uma concorrência entre os industriais que não pagam impostos e que produzem sem as condições adequadas e os que cumprem todos os requisitos. Efectuamos várias análises laboratoriais de outras marcas e percebemos que há no mercado muitas fábricas que produzem sem condições de higiene. Há várias marcas de água no mercado que chegam ao consumidor impróprias para consumo. Também já falamos sobre este universo com o Executivo e o que propomos é uma maior fiscalização a estas fábricas, não só numa perspectiva de legalização, mas também de regularização do pagamento de impostos. Temos conhecimento de mais de 40 marcas de água no país, que aparecem todos os dias e muitas funcionam sem quaisquer condições.
Num contexto como o angolano, as marcas menos conhecidas normalmente competem através do preço.

Infelizmente. O preço é sem dúvida um atributo muito importante na compra e na decisão do consumidor, que precisa de ser apoiado e daí o Executivo ter um papel muito importante ao nível da fiscalização e garantia de qualidade dos produtos.
A maioria dos angolanos não tem acesso a água potável em casa. Mas quem produz água de mesa (ao contrário das águas de nascente) recorre à rede pública, para depois tratar e revender a água embalada. Não estamos perante um contra-senso?

A EPAL está situada nas proximidades da fábrica e a água que nos é fornecida recebe um tratamento muito específico e rigoroso para garantirmos a sua qualidade. E para que seja depois engarrafada dentro dos parâmetros microbiológicos exigidos. Fazemos análises nas nossas instalações e em laboratórios externos todos os meses. Podemos garantir que cumprimos todas as condições e que é uma marca que poderia ser comercializada em qualquer país do mundo. 
A falta de água canalizada aumenta o consumo de água engarrafada? O desenvolvimento do serviço público teria um impacto negativo no vosso negócio?

Não sabemos, mas podemos olhar para outros países mais desenvolvidos. O consumo de água engarrafada existe sempre, o que achamos é que a água engarrafada é complementar à água canalizada. Não temos preocupações neste aspecto. Acreditamos que Angola está a crescer, a população está a aumentar e não há essa preocupação. De todo.

Marca global de gin feito em Angola

A Refriango firmou parcerias com empresas internacionais que permitiram trazer para Angola a produção de marcas globais. Acreditam que este modelo pode ser replicado por outras empresas angolanas?

Acredito que sim! A Refriango, pelas suas características e pelo investimento que efectuou, conseguiu montar um complexo industrial com mais de 60 hectares. Grande parte deste espaço permite várias possibilidades. Conseguimos atrair um dos maiores actores internacionais para a produção local de pré-formas, matérias-primas que eram importadas. Outro caso é o da Diageo, que há três anos fez uma parceria connosco, que nos permitiu que marcas tradicionais, produzidas na Europa, fossem produzidas em Angola, numa fábrica angolana. É uma parceria também a pensar na exportação.
Já começaram a exportar os produtos de consumo internacional?

Ainda não, a Diageo está presente em vários países de África e a ideia é começarmos a ex-portar a partir de Angola para onde eles já têm a distribuição dos produtos. O Gordon's já compra matérias-primas em Angola - as tampas, rótulos e vamos começar a comprar garrafas de vidro. Esta integração da cadeia de valor é fundamental para o desenvolvimento do país.
Imagino que muitos consumidores angolanos não sabem que estão a consumir marcas tradicionais globais feitas em Angola.

Não sei, já demos muitas entrevistas sobre este tema, que já foi amplamente discutido, inclusive com o Executivo. Para a Diageo, é um orgulho ter esta oportunidade e para nós também. Eles não produzem em África, sem ser em fábricas próprias, apenas a Refriango produz o famoso gin em Angola.
Quais são os vossos produtos mais procurados no exterior e quais são os principais mercados?

Ao longo dos últimos anos, temos vindo a desenvolver relações com diversos países. O refrigerante Blue é um dos mais conhecidos e já está presente em São Tomé e Príncipe, nos dois Congos, Guiné Conacri, África do Sul, Mo-çambique e Portugal (em parceria com a Delta para a dis-tribuição). É uma marca onde conseguimos ter algum trabalho feito.
É a que exportam mais?

Sim! Temos também a marca Nutry, que exportamos, por exemplo, para a China, onde temos um distribuidor. Em 2021, vamos ter mais foco na exportação e queremos alavancar as nossas vendas e expandir as nossas marcas.

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