Reza a história que Cacuaco é uma das comunidades mais antigas da província de Luanda. Ascendeu à categoria de vila no dia 24 de Junho de 1940, período em que foi instalada a Administração, segundo dados fornecidos por algumas entidades tradicionais locais.
Em Junho de 1976, sete meses volvidos sobre a proclamação da Independência Nacional, o Conselho da Revolução põe fim à crise na empresa, promulgando a Lei n.º 51/76, que nacionaliza, em favor do Estado angolano, a antiga empresa privada portuguesa e, em seu lugar, cria a Edições Novembro - EP, proprietária e editora do “Jornal de Angola”
Toda a língua serve para comunicar, ensinar e aprender. Trouxemos à conversa a lexicografia em Angola e um seu cultor, Alexandre Mavungo Chicuna. A lexicografia é a lexicologia aplicada, é um campo atinente à produção de dicionários, glossários e vocabulários.
Depois, alguns escritores portugueses que estavam ou começaram a sua produção literária em Angola utilizaram também empréstimos e hibridismos nos seus textos. Essa prática de utilizar hibridismos na literatura ganhou mais força com a criação de um amplo projecto proto-nacionalista e nacionalista, no século XIX e no século XX.
Dos primeiros dicionários bilingues e trilingues em Angola, podemos destacar o "Ensaio de Diccionario Kimbúndu-Portuguez”, de Cordeiro da Matta, o "Dicionário Olonyaneka-Português” (1941), do padre Bonnefoux, o "Dicionário etimológico Bundu-Português” (1951), de Alves e o "Dicionário Português-Kimbundu-Kikongo (línguas nativas do Norte de Angola.)”, do Padre Maia.
No campo dos estudos lexicológicos, destacamos, aqui, a figura de Alexandre Mavungo Chicuna, professor Licenciado, Mestre e Doutorado na área da Linguística, com uma tese sobre os "portuguesismos nas línguas bantu - para um dicionário português kiyombe”.
A sua tese, publicada em livro, com
duas edições, é com certeza, uma obra obrigatória para os estudantes de
linguística, lexicologia, lexicografia e neologia. Tendo cinco capítulos, no
primeiro, o estudioso dá-nos a conhecer a situação linguística da África ao sul do Saara, de Angola e de
Cabinda especificamente. O segundo
capítulo é um "tirocínio” para quem deseja conhecer os "fundamentos teóricos e
metodológicos em lexicologia”. No terceiro capítulo, há uma exaustiva abordagem
a respeito do contacto de línguas e o caso da relação entre o português e o
kiyombe. O quarto capítulo da sua tese-livro encerra um corpus de
portuguesismos que se encontram na língua kiyombe.
No quinto capítulo, o
linguista analisa as unidades lexicais portuguesas que foram "kiyombizadas” e,
no sexto capítulo, o lexicógrafo apresenta-nos a "proposta de um dicionário
[bilingue] português kiyombe”, com palavras e termos da língua corrente. São
termos da medicina, das ciências, da técnica e da vida social, enfim, itens
lexicais do kiyombe e os portuguesismos com as suas descrições em fichas
lexicográficas. Assim, a proposta de dicionário bilingue de Alexandre Mavungo
Chicuna contém mais de 500 entradas. O consulente tem aí um bom ensaio de
dicionário para o ajudar sempre que estiver numa situação em que precise de
usar o português e o kiyombe.
Alexandre Mavungo Chicuna é também autor do "Dicionário de siglas e abreviaturas angolanas”, publicado de igual modo em duas edições, um importante instrumento auxiliar para quem almeja conhecer vários domínios da sociedade angolana e as suas siglas, as suas abreviaturas e os seus acrónimos.
Portanto, o trabalho do Professor
Doutor Alexandre Chicuna é também um marco no campo da dicionarística praticada
por angolanos. Os dois livros de Alexandre Chicuna, Decano da Faculdade de
Humanidades da Universidade Agostinho Neto e Coordenador dos cursos de mestrado
da mesma casa de saber, devem ser mais lidos e continuar a servir de consulta
para todos os amantes da linguística, da lexicologia, da lexicografia e da
neologia.
*Mestre em Literaturas em Língua
Portuguesa.
João Fernando André |*
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