Actualmente os países, as regiões, as cidades, as vilas e aldeias, desejam cada vez mais, divulgar as suas manifestações culturais. Por isso, no âmbito do turismo a cultura constitui o ponto fulcral das diferenças para turistas e visitantes.
Por via disso, a dimensão destes sectores podem elencar uma perfeita simbiose que lhes torna numa plataforma para o desenvolvimento sócio-cultural que se impõe, visando a diversificação da economia.
Em grande medida, esta actividade foi marcante nas sociedades pós-industriais, um fenómeno socioecónomico e histórico-cultural, das mais importantes que resultou e se desenvolveu com o capitalismo. Está referenciado nas últimas décadas, como, uma das mais promissoras, actividades económicas mundiais, propenso à criação de empregos e de captação de divisas. De forma indirecta alcança os mais variados sectores da economia, desde a indústria até a agricultura, no entanto estão localizados no sector terciário.
A cultura, na maioria dos casos impacta um trunfo importante para o desenvolvimento do turismo. Ela, em muitos casos é considerada um factor determinante do crescimento do consumo de lazer e turismo (Richards, 2001) e,por isso o turismo é cultura (Urry, 1996). A cultura ajuda a determinar o que o turista quer fazer, como resultado de uma educação formal ou informal, os valores e os costumes culturais (Macleod e Carrier, 2010).
Neste domínio, se realça a dimensão cultural do ser humano, que não se descodifica da intrinseca evolução biológica, e cultural que estão intimamente ligados. No entanto, o turismo surge alicerçado desde o século XIX, visando um conjunto de actividades individuais/colectivas. Outrossim, em termos históricos, o turismo foi impulsionado quando o homem deixou de ser excedentário, e passou a viajar, motivado principalmente, pela necessidade de fazer o comércio com os outros povos.
Zancanaro, Hoppen e Petry (2005),”conhecer a bagagem cultural de uma Sociedade da qual é herdeiro, torna o homem agente desta história e é através dele e da preservação que ele aprende a exercer a cidadania”.
Todavia, o turismo, na sua dimensão, suportado por um vasto e valioso acervo histórico-cultural, se compatibiliza num roteiro auspicioso, circunscrito á promoção e divulgação dos pontos turísticos (belíssimas paisagens, formada por vistosa fauna e flora), dos seus bens patrimoniais (construções típicas de resistência de incalculável valor histórico), cujos recantos do país, entre outros perfilam; o histórico cemitério de Calunda, água termais de Montipa, a Igreja de Santo Andrião, as quedas de massau, a lagoa do feitiço, a Serra da Leba, a estrada da Tundavala, o rio Dange, o parque da Quiçama, a reserva florestal do Kavongue, a forte de Massangano, o Morro do Moco, as quedas do rio lumbiji, as grutas do Nzau Évua, as ruínas do tribunal de Zavula, Palácio Dom Teles Carreira, a ilha do Liapeca, o museu etnográfico do Dundo, a lagoa do Catxipindji, a barragem do Ruacaná, a cachoeira do rio Cunene, as pedras de Pungo Andongo, o jardim botânico (N’dalatando), as quedas de Kalandula, a praia da Caotinha, a igreja da Nossa Senhora de Papulo, a Praia Morena, o Miradouro da Lua, o Museu da Moeda, a Gruta da Sassa/rio Cubal, a Fortaleza de Calulo/Quicombo, o cemitério de Mbuco-Bundi, também conhecido por cemitério dos Reis, Cawewe e Quedas do rio Cuemba.
Por via disso, o sector público, beneficia eventualmente desta actividade, de duas formas; in (directamente), através dos impostos que arrecada da empresa privada, e pelas taxas que cobra dos turistas, como visitas a pólos atractivos, etc. No entanto, o efeito multiplicador não deve ser entendido apenas como sinónimo de desenvolvimento económico, apesar de minimizarem este significado. Porém, eleva com equilíbrio psico emocional; resgate de tradições culturais; e identidades locais; e valoriza o saber fazer; com a conservação ambiental, com acesso aos recursos naturais de outras gerações. No entanto, não se deve resumir apenas nas necessidades económicas, já que uma cultura, é o bem, que corporiza determinadas segmentos, de indivíduos e não ser simplesmente realçado, como simples relações mercantilistas.
Deve-se interagir para alcançar-se a plataforma consensual entre si a partir do momento em que a actividade turística deve considerar os anseios dos moradores das respectivas jurisdições locais, correndo o risco destes optarem por não desenvolverem o roteiro turístico no local.
Segundo Barbosa (2002), a busca pelo significado do turismo resgatando momentos históricos que podem ser definidores para constituição da actividade, como os primeiros deslocamentos nômades, o Grand Tour, o aparecimento e crescimento da importância dos balneários marítimos, fruto entre outros, da modernização dos transportes, e das férias remuneradas.
Para o sucesso destas actividades e não só, se torna indispensável a utilização da ferramenta (planificação), para estabelecer programas/projectos de curto, médio e longo prazos, evitando deste modo, que as modalidades de desenvolvimento, seja de forma espontânea.
Por esta via, o mercado turístico, pode ser extensivo,com o fomento periódico de feiras internacionais, cujas vantagens, serão de abertura de mais janelas de oportunidades para projecção de negócios que de forma irrefutável poderá na sua ascensão, constituir-se como um activo no percurso da diversificação económica.
No entanto, a cultura e o turismo têm uma relação mutuamente vantajosa, ou seja, a conexão entre si pode ser benéfica, para reforçar a atractividade e a competividade de países, regiões e cidades. Portanto, "criar uma forte relação entre turismo e cultura pode ajudar os destinos a serem mais atraentes e competitivos como locais para viver, visitar ou trabalhar” (Richards,2009:17)
Desde ponto particular, o país, está segmentada na galaria universal de monumentos; é um dos maiores símbolos da ancestralidade do continente africano e, desafiante para desenvolver o turismo, sobretudo cultural, traduzido no atractivo in (formativo), fontes essenciais para a pesquisa e preservação cultural.
De todo modo, o foco da questão remete-nos para naquilo que convencionalmente é definido por património histórico da humanidade circunscrito em bem material, imaterial, ou imóveis que possuem traços e importância artística, cultural, religioso, documental ou estético para a sociedade. O marco histórico-cultural, remonta de resistência ante a ocupação colonial, deve compatibilizar-se de alguns aspectos estruturantes perfilados sobre o surgimento do reino do Kongo entre o século XIII/XIV.
Porém, o Reino do Kongo é uma referência externa, cuja descrição não se traduz por ter sido o Estado de maior extensão ou poder, mais sim pelo conhecido valor tradicional.
Todavia, a partir do século XV, a África negra começou a ter contacto com os navegadores europeus. Inicialmente com os portugueses, seguidos pelos espanhóis, ingleses, franceses e neerlandeses. As potências europeias procuravam riquezas em África, mas a principal riqueza que encontraram revelou-se cruel para os povos nativos,o tráfico de escravos então adquiridos pelos navios no litoral africano, em troca de aguardente, argolas, pequenos pedaços de cobre, fumo e, etc. Muitas vezes, eram também obtidos a partir de lutas entre reinos.
Joaquim Xaxana
(Continua na próxima edição)
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