Estamos já numa ronda censitária e nos próximos dois anos poderemos saber, com maior precisão, qual é o tamanho da nossa população.
Os angolanos celebraram no sábado passado a data do início da Luta Armada de Libertação, relembrando os feitos dos nacionalistas que, no dia 4 de Fevereiro de 1961, decidiram organizar-se para darem os primeiros passos na caminhada que resultaria na conquista da Independência Nacional, no dia 11 de Novembro de 1975.
A Edições Novembro E.P. realizou sexta-feira a denominada 1ª Conferência Internacional Sobre a História de Angola, numa iniciativa de um dos títulos, no caso, o Jornal Cultura, que reuniu jornalistas, académicos, políticos, estudantes de História e interessados para abordar o passado longínquo e recente de Angola.
Sob o lema "A Nação e o Nacionalismo dos Séculos XIX e XX”, em sete horas de preleção e discussões, a "viagem à História” do país que passou a se denominar Angola, a partir de 11 de Novembro de 1975, foi preenchida de acesos debates que merecem constar de actas, livros ou publicações jornalísticas dignas do evento.
O que é hoje Angola, podemos assim dizer, enquanto sociedade, Estado e nação em construção, é essencialmente um produto da História e Geografia, duas variáveis inseparáveis que conformam a Geopolítica. A compreensão daqueles dois factores, como acreditam muitos, vai determinar significativamente o processo de construção da nação que os angolanos pretendem. Afinal, tem sido a partir da ideia segundo a qual fica mais fácil seguir em frente com sucesso quando se conhece o passado, uma realidade que a Educação pode ajudar a contribuir de forma distinta.
Foi oportuna a intervenção do Professor Doutor, Dinis Kebanguílako, quando questionado sobre o processo de construção da nação angolana, ao referir que o resultado dependerá muito do que a Educação vai proporcionar. Assim, o Sistema de Educação foi apresentado como o factor determinante, ao lado de outras variáveis, para a construção da nação, um processo já em curso, a julgar pela forma como os angolanos, dentro e fora do país, se distinguem de maneira que, com as suas virtudes e defeitos, acabam reconhecidos como descendentes de Kiluanje, Ekukui, Njinga, Katiavala, Mandume, Mwatiânvua, Ndunduma, entre outros.
Uma das chamadas de atenção, ainda sobre o papel que o ensino da disciplina de História e Geografia deve ter na sociedade, a julgar pelo conjunto de situações por que passa o mundo em geral e África em particular, parece ter sido bem percebida. Além de lamentarem o que se alega como negligência no ensino da História e Geografia de Angola, os prelectores indicaram que grande parte dos problemas por que passam numerosos países, a repetirem erros em várias esferas da vida política, económica, social e cultural, se deve também à reduzida importância, fraco conhecimento e, nalguns casos mesmos, desleixo sobre o que ocorreu no passado. Não é por acaso, como frisou um dos intervenientes, que a História está sempre a se repetir e, em muitos casos, de maneira claramente desnecessária, mas com custos pesados para os povos, Estados, comunidades, famílias, pessoas e instituições..
Os vários traços identitários dos povos que habitam Angola podem, como prova cerca de meio século de vida do Estado angolano, coexistirem, complementarem-se e, naturalmente, absorverem "contributos” de outras culturas.
Quanto à escrita da "verdadeira História de Angola” foi consensual a ideia segundo a qual o mais importante é que se esteja a registar, com publicações, palestras, conferências, debates, sons e imagens, de tudo quanto diga respeito ao percurso que o país faz na direcção dos melhores esclarecimentos sobre o seu passado.
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