A família deve ser um ‘porto seguro’ onde os jovens se sintam à vontade para discutir as suas preocupações e dúvidas, defendeu, terça-feira, a psicóloga Cipriana Furtado Kalengue.
A família, sublinhou, deve jogar em campo co- mo equipa e defender a sua baliza.
E entrevista ao Jornal de Angola, sobre o Dia Internacional das Famílias, a psicóloga apontou a juventude como uma fase com muitos desafios a todos os níveis, porém, as famílias precisam, para uma sã convivência, ter em atenção alguns aspectos fundamentais, designadamente estabelecer uma comunicação aberta, harmoniosa, amiga e respeitosa.
Os jovens, acrescentou, têm necessidade de serem ouvidos e compreendidos e essa comunicação deve ser feita de forma não violenta, evitando-se o julgamento, mostrando-se interesse genuíno nas suas opiniões e sentimentos.
"Nos nossos lares deve haver limites claros e consistentes. As ordens devem ser dadas em tom afável, porém firme, conforme orientou Makarenko, grande Pedagogo: os pais devem aprender a arte de negociação para colocar em prática essas regras, esses limites que devem ser ajustáveis quando necessário”, sublinhou.
Segundo a psicóloga, os jovens devem participar na tomada de decisões que envolvam a vida familiar e tomar as suas próprias decisões, bem como aprender com as consequências das suas escolhas.
"Há um aspecto fundamental a ter em conta: a família deve oferecer su- porte e orientação desde a mais tenra idade. Há a necessidade de participar na vida do jovem, nos seus múltiplos ‘hobbies’, nos desafios (que não são poucos), nas escolhas das amizades, entre outros”.
Tempo
de qualidade
Embora nessa fase de desenvolvimento os jovens tenham alguma dificuldade em estar e lidar com os pais, disse, é importante que haja tempo de qualidade da parte desses com os membros mais jovens fazendo refeições juntos, passeios, realizando jogos educativos e estando em actividades que promovam a coesão familiar.
Para Cipriana Furtado Kalengue, as famílias devem educar emocionalmente os jovens, para que possam expressar as suas emoções e sentimentos de forma saudável e consigam resolver conflitos internos e externos.
A especialista considera importante o Dia Internacional das Famílias, por a família desempenhar um papel fundamental na formação de valores e hábitos, no desenvolvimento de habilidades, na mudança de comportamentos e na socialização do indivíduo.
"É um momento para celebrar, valorizar e proteger a unidade fundamental, reconhecer o seu papel como a grande geradora de vida, na construção de uma sociedade saudável, equilibrada e feliz”, sublinhou.
Cipriana Furtado Kalengue destacou que é na família onde se fortalecem os laços familiares, há a promoção de momentos de união, convivência, amor, empoderamento e melhor conexão entre pais e filhos e outros membros.
"É na família onde se promove o bem-estar dos membros na vertente emocional, psicológica, espiritual e física”, salientou.
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