Quando, em 2017, João Lourenço elegeu a corrupção, o nepotismo, a bajulação e a impunidade como os principais males a combater durante o seu mandato como Presidente da República, poucos acreditaram que esta aposta tivesse pernas para andar.
Estive recentemente nas Ilhas Maurícias, tidas por muitos como um paraíso na Terra. Voei para lá a partir do Dubai. Quando esperávamos pelo voo notei grupos de polacos, russos — muitos turistas da Europa do Leste que tinham fugido do inverno do Hemisfério Norte.
Dois acontecimentos e momentos marcantes no cenário internacional, ontem e hoje, com reminiscências na vida social nacional, convidam a sociedade para a reflexão em relação à forma como são vistos, a atenção e importância atribuídos e ao tratamento a eles dedicados.
Hoje, o dia é dedicado à luta contra o HIV/Sida. Recordam-se os esforços direccionados no combate ao fenómeno que já atingiu e ceifou muitas vidas humanas, no país e no mundo inteiro. As Nações Unidas referem que novas infecções estão a aumentar, as mortes continuam em muitas comunidades e o mundo não está no caminho certo para acabar com a pandemia da Sida.
Factor de convergência nos dois domínios, é que quando se recordam essas datas, vem, invariavelmente, à tona, a estigmatização direccionada pelo conjunto social às pessoas colocadas do outro lado da história: os idosos e os doentes de Sida ou infectados com o VIH.
As políticas do Estado e os esforços da comunidade internacional são reconhecidos. A guisa de exemplo, está o caso de Angola. O Fundo Global das Nações Unidas reconheceu as respostas satisfatórias do país na execução dos projectos de combate à malária, tuberculose e VIH/Sida. As políticas do Executivo de protecção e valorização das pessoas na terceira idade são, igualmente, reconhecidas.
Apesar disso, muitos idosos continuam a ser marginalizados e alvo de todo o tipo de tratamento inadequado com a sua condição. Muitas vezes, pelos próprios familiares. O mesmo acontece com as pessoas infectadas com o HIV/Sida, que, muitas vezes, são abandonadas aos seus próprios cuidados.
As Nações Unidas consideram a marginalização e a criminalização de populações-chave como factores de entrave para a resposta global na luta contra a VIH/Sida.
A tendência é deixar tudo às mãos do Estado, das instituições criadas para atender estas situações. É preciso ter em conta que o Estado tem um importante papel a desempenhar, mas a sociedade precisa, igualmente, envolver-se com mais entrega e dedicação. O Estado cria as bases, mas o amor vem dos homens, o carinho vem da sociedade. E é, exactamente isso, que os idosos precisam. É, de igual modo, disso que as pessoas com VIH Sida precisam, da atenção e união de todos.
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LoginSão múltiplos cenários que se podem observar do livro “Fundamentos Filosóficos do Insucesso das Reformas Educativas na África Bantu: O caso da RDC, da Zâmbia e de Angola”, de Carlos Gime, que careceram do autor fundamentos numa perspectiva filosófica, visto que a educação bantu, mesmo no período pós-colonial esta(va) ao serviço de seus colonizadores, o que, de certo modo, influenciou grandemente no (in)sucesso da educação na RDC, na Zâmbia e em Angola.
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