Setenta e seis por cento das obras do país estavam paralisadas, no terceiro trimestre do ano passado, de acordo com números do Instituto Nacional de Estatística (INE), que dizem que, de 3.125 construções visitadas naquele período, 2404 estavam inactivas.
Os números estão insertos no Inquérito Trimestral de Avanço e Acompanhamento dos Edifícios em Processo de Construção (ITAEPC), um documento produzido para caracterizar o avanço da construção de edifícios privados nas principais cidades do país, como variável das Contas Nacionais e do cálculo de agregados económicos, divulgado na última segunda-feira.
O documento indica que as 3.125 obras visitadas pelo INE representavam menos 17,51 por cento que no trimestre precedente e que Luanda liderava a lista das construções, com 33,56 por cento, seguida do Cuanza-Sul (12,21), Bié (9,57), Lunda-Sul (9,02) e Huambo (7,35).
As obras para habitar dominavam o propósito da imensa maioria das construções, com um total de 2.648, seguindo-se as de uso próprio (359) e as de propósito misto (118).
Os destinos das obras classificados por residencias ascendiam a 2.969 e não residenciais (indústria, comércio, hospitais, escolas, escritórios, igrejas e hotéis) a 156.
As províncias que concentraram maior área bruta foram a Lunda-Sul, 317.376 metros quadrados, Luanda (137.200), Bié (101.695), Cuanza-Sul (48.945) e Moxico (38.872).
No inquérito, os materiais de construção mais utilizados estão distribuídos segundo a estrutura (parede, piso e tecto), destacando-se o betão e ferro, nas paredes os blocos, nos pisos torta de cimento e cerâmica e no tecto a chapa de zinco.
Só 11 obras eram executadas por empresas e 17 estavam atribuídas ao domínio familiar, estando 3.097 a ser executadas por mestres de obra.
Durante o período em análise, estiveram envolvidos na construção de edifícios 3.080 trabalhadores permanentes, 723 subcontratados e 35 não remunerados, com os operadores a declararem um custo médio mensal da mão-de-obra de 66,034 milhões de kwanzas.
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