Tal como lhe competia, a equipa treinada pelo português Paulo Duarte entrou virada para o ataque, com a pretensão de resolver logo no início a partida, mas os sambilas, com a lição bem estudada, não se intimidaram e responderam na mesma moeda.

Numa toada ora ataco eu ora atacas tu, foi o 1º de Agosto a assumir o domínio dos acontecimentos e, fruto da sua melhor clarividência táctica, adiantou-se no marcador, através de Jó Vidal, que com um potente remate desferido do " meio da rua” não deu hipótese de defesa ao guarda-redes Nelson, que nem sequer esboçou qualquer gesto para evitar a violação das redes à sua guarda.

Os militares mantiveram o "pé no  acelerador”, com os sambilas a ripostarem aos soluços, a criarem poucos dissabores ao último reduto do adversário, que fruto da apatia ofensiva contrária ampliaram a vantagem aos 27 minutos, com Mário a "assinar o ponto, numa jogada em que saiu da sua área de jurisdição para marcar de cabeça.

A vencer por uma margem de dois golos, o 1º de Agosto pareceu ter diminuído a intensidade ofensiva, tornando o desafio mais equilibrado, a jogar-se mais na linha intermédia até ao final da primeira parte.

No reatamento Paulo Dias efectuou mudanças no plano táctico, e o Progresso tornou-se mais afoito e foi criando alguns dissabores aos defensores militares, que passaram a  ter mais trabalho, para evitar que a sua baliza fosse violada. Mas, fruto da "maratona” de jogos que a equipa do Rio Seco está a efectuar, o cansaço  começou a apoderar-se dos jogadores  com consequências negativas para o desempenho colectivo.

 O Progresso procurou tirar proveito deste desiderato e adoptou uma postura pressionante aos jogadores militares, e em consequência conseguiu reduzir, aos 65 minutos, através de Julinho que aproveitou bem um cruzamento, com conta, peso e medida, para bater o guarda-redes Neblu.

Com o golo, o jogo ganhou outra dinâmica, com os sambilas a procurarem chegar à igualdade, enquanto os militares almejavam marcar o golo da tranquilidade. O jogo foi marcado pela expulsão de Filipe N'zanza, já na compensação das neutralizações, supostamente por dirigir palavras pouco simpáticas a um membro da equipa de arbitragem.
Amândio Clemente