A Organização das Nações Unidas (ONU) considera importante incutir hábitos sustentáveise consciência climática nas famílias desde cedo, pelo papel que desempenham na transmissão de valores ao longo de gerações.
O Prémio Nobel da Paz foi, ontem, atribuído à activista iraniana Narges Mohammadi, pela "luta contra a opressão das mulheres no Irão" e "pela promoção dos direitos humanos e liberdade para todos", foi revelado em conferência de imprensa.
Narges Mohammadi encontra-se, actualmente, a cumprir pena de prisão.
O Prémio da Paz deste ano pretende reconhecer "as centenas de milhares de pessoas que, no ano passado, se manifestaram contra as políticas de discriminação e opressão do regime teocrático do Irão contra as mulheres", explicou o comité norueguês.
"O lema adoptado pelos manifestantes - 'Mulher-Vida-Liberdade' - expressa adequadamente a dedicação e o trabalho de Narges Mohammadi", referiu.
Narges Mohammadi, foi elogiada ainda pela sua "corajosa luta pela liberdade de expressão e pelo direito à independência".
"O Comité do Nobel espera que o Irão liberte a activista iraniana de direitos humanos Narges Mohammadi, vencedora do Prémio Nobel da Paz de 2023, para receber o seu prémio em Dezembro", disse a presidente do Comité Norueguês, Berit Reiss-Andersen, que anunciou o prémio em Oslo.
"Se as autoridades iranianas tomarem a decisão certa, irão libertá-la para que ela possa estar presente para receber esta honra. É o que esperamos acima de tudo", sublinhou.
"Este prémio é, antes de mais, um reconhecimento do trabalho muito importante de todo um movimento no Irão, através da sua líder indiscutível, Narges Mohammadi", referiu a responsável do Comité.
"Não cabe ao Comité do Nobel decidir o impacto do prémio. Esperamos que seja um incentivo para continuar o trabalho de qualquer forma que este movimento considere adequada", afirmou.
Em Novembro de 2021, Narges Mohammadi foi presa pelas autoridades iranianas depois de ter estado num evento em memória de uma vítima das manifestações violentas de 2019.
O seu marido, Taghi Rahmani, baseado em Paris, publicou nas redes sociais que a activista tinha sido julgada em cinco minutos e condenada à prisão e a 70 chicotadas, tendo ainda ficado proibida de comunicar e sem acesso a advogados.
Narges Mohammadi foi enviada para a prisão de Gharchak, perto de Teerão, acusada de "espionagem para a Arábia Saudita".
Em Maio do ano passado, a União Europeia apelou ao Irão para reconsiderar a sentença, mas sem sucesso.
Mohammadi foi vice-presidente do Centro dos Defensores dos Direitos Humanos do Irão, entretanto proibido, e é próxima da laureada com o Prémio Nobel da Paz Shinri Ebadi, que fundou o centro.
Em 2018, Mohammadi, que é engenheira, foi galardoada com o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, atribuído pelo Parlamento Europeu.
Ela é a 19ª mulher a ganhar o Prémio Nobel da Paz e a segunda iraniana, depois de a activista de direitos humanos Shirin Ebadi ter recebido o Nobel em 2003.
O Irão viu desenvolver-se, no ano passado, uma verdadeira revolução pelos direitos das mulheres, sobretudo depois da morte de uma jovem curda que estava detida pela Polícia.
A 16 de Setembro, Mahsa Amini, de 22 anos, morreu depois de ter passado três dias sob a custódia da Polícia da moralidade iraniana - o último já em coma num hospital em Teerão -, por alegado uso indevido do 'hijab', o véu islâmico, o que constitui uma "violação" ao rígido código de vestuário do país.
As primeiras manifestações eclodiram nas localidades curdas do Noroeste, em particular em Saghez, cidade natal de Amini, mas os protestos generalizaram-se a outras cidades.
A repressão às manifestações foi violenta, tendo causado pelo menos 448 mortes de civis, segundo a Organização Não-Governamental Iran Human Rights, com sede em Oslo.
Além disso, cerca de 15 mil pessoas foram presas nas manifestações, duas mil das quais acusadas de vários delitos por participação nos protestos, e pelo menos seis foram condenadas à morte. O Conselho dos Direitos Humanos da ONU decidiu, apesar da oposição de Teerão e de Pequim, abrir uma investigação internacional sobre a repressão às manifestações.
Mohammadi estava atrás das grades na altura dos protestos pela morte de Mahsa Amini, mas contribuiu com um artigo de opinião para o The New York Times.
"O que o Governo pode não compreender é que quanto mais eles nos prendem, mais fortes nos tornamos", escreveu.
A entrega dos prémios acontece numa cerimónia marcada para dia 10 de Dezembro, data do aniversário da morte de Alfred Nobel. O Prémio da Paz é entregue, especialmente, em Oslo, cumprindo a vontade de Nobel. Já a cerimónia de entrega dos outros prémios terá lugar em Estocolmo.
Em 2022, o Nobel da Paz foi atribuído a Ales Bialiatski, da Bielorrússia, e às organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia.CS.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginLuanda prepara-se para acolher o maior evento internacional de tecnologias, comunicações e inovação realizado no país, o ANGOTIC’2024, que terá lugar nos dias 13, 14 e 15 de Junho, sob o lema “Digitalizar, Conectar e Inovar”.
O terceiro mandato do Presidente da República, João Lourenço, nunca esteve na agenda do MPLA, garantiu, ontem, em Luanda, o secretário do Bureau Político para Informação e Propaganda. Esteves Hilário, que falava à margem do “Matabicho com jornalistas e fazedores de opinião”, assegura que o terceiro mandato nunca esteve e não consta na agenda do MPLA para 2024.
O secretário-geral do MPLA e coordenador do Grupo de Acompanhamento da OMA, Paulo Pombolo, apelou ontem, em Luanda, durante a VI Reunião do Comité Nacional da organização feminina do MPLA, à reflexão e a trazer resultados sobre a sua acção para que o partido possa apreciar.
Daniel (nome fictício) foi abandonado pela mãe biológica quando tinha 1 ano e nove meses de vida, no Hospital Américo Boavida, onde deu entrada com graves complicações de saúde, devido a uma anemia severa.
Num mundo onde os desafios da vida podem moldar as nossas escolhas de maneiras imprevisíveis, a história de Ana (nome fictício) surge como um testemunho de amor incondicional e determinação inabalável. Confrontada com a impossibilidade de conceber os próprios filhos, devido a questões de saúde, Ana fez uma escolha corajosa e nobre: adoptar uma criança. A sua jornada de luta, esperança e o poder transformador do amor familiar revelam, não apenas a força do espírito humano, mas também a beleza que reside na decisão de dar um lar a quem mais precisa.
O ministro Márcio Daniel destacou, ontem, em Livingstone, Zâmbia, o “elevado interesse” do Executivo angolano em criar condições e infra-estruturas para alavancar o sector do Turismo no país, com particular destaque para a componente angolana da Área Transfronteiriça de Conservação Okavango-Zambeze (ATFC-KAZA).
O Tribunal de Contas (TC) anunciou, ontem, em Luanda, que, desde o exercício fiscal de 2020, até agora, mais de 70 por cento das recomendações de prestação de contas feitas aos órgãos centrais do Estado e da administração local foram cumpridas.