A Organização das Nações Unidas (ONU) considera importante incutir hábitos sustentáveise consciência climática nas famílias desde cedo, pelo papel que desempenham na transmissão de valores ao longo de gerações.
O Presidente da República, João Lourenço, considerou, quinta-feira, em Luanda, o músico, político e diplomata Rui Mingas, falecido no dia 4, aos 84 anos, “personalidade de grande prestígio”, que representou o país com talento, competência e dignidade em várias frentes e em diversas funções.
João Lourenço rendeu, ontem, a última homenagem ao nacionalista, numa cerimónia realizada no velório do Exército(ex-RI-20). Prestaram igualmente homenagem ao co-autor do Hino Nacional a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, membros do Executivo, deputados à Assembleia Nacional, magistrados judiciais e do Ministério Público, desportistas, homens de cultura, políticos e membros da sociedade civil.
Após a entoação do Hino Nacional, João Lourenço depositou uma coroa de flores junto à urna coberta com a bandeira da República, tendo depois cumprimentado a viúva e outros familiares do falecido.
No livro de condolências, o Chefe de Estado lembrou que Rui Mingas começou por elevar o nome de Angola no atletismo profissional, em Portugal, e, desde cedo, se afirmou como compositor e cantor, como símbolo de resistência contra o poder colonial. "Pertencem-lhe vários clássicos da música angolana, entre eles a música do Hino Nacional”, sublinhou o Presidente da República.
O Chefe de Estado salientou que na Angola independente, Rui Mingas exerceu cargos de responsabilidade política, tanto a nível interno como externo, tendo sido deputado à Assembleia Nacional, secretário de Estado da Educação Física e Desportos, embaixador de Angola em Portugal e reitor de uma Universidade privada, em Luanda.
"O seu passamento empobrece o país e deixa de luto a sua família e toda uma vasta legião de amigos e companheiros de trabalho”, sublinhou o Presidente João Lourenço, que expressou à viúva e filhos do falecido condolências e sentimentos de pesar.
Vazio insuprível
A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, considerou, na sua mensagem, que a perda de um nacionalista da envergadura de Rui Mingas deixa um "vazio insuprível”.
Sublinhou que os feitos do malogrado na política, diplomacia, desporto, na arte e na cultura transcendem fronteiras e engrandecem a Pátria angolana.
Patriota convicto
Na cerimónia foram lidas várias mensagens a exaltar as qualidades de Rui Mingas nos sectores em que se afirmou e emprestou o seu contributo para o engrandecimento do país.
Na mensagem lida pelo director-geral da Academia Diplomática "Venâncio de Moura”, embaixador José Marcos Barrica, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, destaca as qualidades de Rui Mingas, salientando que o malogrado soube, com patriotismo, vincar e preservar a boa imagem de Angola, num período difícil da História do país (1989 a 1995), em que desempenhou a função de embaixador em Portugal.
"Quis o destino juntar-nos aqui, nesta hora difícil, familiares, dirigentes, amigos, colegas de várias jornadas, diplomatas, artistas, desportistas e sociedade civil, para prestarmos uma singela e profunda homenagem ao patriota convicto, nacionalista da primeira hora, diplomata exemplar, insigne recordista, artista e compositor distinto”, referiu o chefe da diplomacia angolana.
O ministro Téte António destacou que o embaixador Rui Mingas foi um "fiel herdeiro das tradições mais profundas de luta do povo angolano e da própria família, contra a ocupação colonial, usando a música como arma de luta, de defesa e da difusão dos ideais de liberdade”.
"A singularidade das músicas, algumas das quais brotadas do poemário dos mais destacados dirigentes do nacionalismo angolano, colocaram-no inexoravelmente na rota da diplomacia pública do nosso Estado”, enfatizou o ministro das Relações Exteriores.
Criou os pilares da política desportiva angolana
O antigo ministro da Cultura e deputado à Assembleia Nacional Boaventura Cardoso teceu algumas palavras sobre o percurso de Rui Mingas como nacionalista, desportista, homem de cultura, diplomata e deputado. Afirmou, a propósito, que Rui Mingas, como dirigente do desporto, criou os pilares da política desportiva angolana.
Boaventura Cardoso lembrou que foi na era em que Rui Mingas desempenhou o cargo de secretário de Estado da Educação Física e Desportos que se registaram, na Cidadela Desportiva, as maiores enchentes de sempre.
O deputado à Assembleia Nacional recordou ainda que, como dirigente desportivo, Rui Mingas levou Angola a participar nos Jogos Olímpicos de Moscovo, em 1980, nas modalidades de atletismo, boxe e natação, altura em que também foram criadas as federações nacionais de Andebol, Basquetebol, Futebol, Patinagem, bem como o Comité Olímpico Angolano.
Boaventura Cardoso ressaltou ainda o "contributo inestimável” do falecido na luta pela Independência Nacional.
Interventor político de excelência
O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, considerou, na sua mensagem, Rui Mingas como desportista de eleição, e um interventor político-social de excelência, que desafiou as agruras do preconceito racial e as prisões do anacrónico regime salazarista.
"Que o ‘arco-íris’, onde se encontra hoje Rui Mingas, exalando o cheiro destas flores, guarde a cor do som da sua guitarra e da sua inigualável voz, para que os ‘Meninos do Huambo’, e os de toda Angola, sejam capazes de inculcar o valor de cada nota e cada palavra entoada no nosso Hino Nacional”, referiu Filipe Zau.
À viúva, filhos, netos e demais parentes, o ministro da Cultura e Turismo endereçou profundos sentimentos de pesar em nome dos responsáveis e funcionários do Ministério da Cultura e Turismo.
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